Chuva de 49 milímetros reprova obra de R$ 20 milhões e alaga Via Parque
Cinco anos depois de inaugurada uma mega estrutura de drenagem sob a rotatória da Via Parque, na qual foram investidos R$ 20 milhões com a construção de uma galeria celular e canalização de um trecho do Sóter pelo sistema gabião, a região volta a sofrer com o transbordamento do córrego, provocando o alagamento entre o cruzamento da Avenida Mato Grosso até a Rua Antonio Maria Coelho.
Todo este investimento e mais o que foi feito mais acima com a construção de quatro barragens no Sóter, não foi suficiente para resistir aos 49 milímetros de chuva que caíram ao longo de duas horas nesta região neste sábado à tarde.
Segundo engenheiros da Secretaria de Infraestrutura, este transbordamento decorre do aprofundamento da impermebialização do solo decorrente das obras de pavimentação executadas na região dos bairros Mata Jacinto, Vila Nascente, Futurista e Danúbio Azul e Polonês.
Toda a enxurrada destas regiões desemboca no Segredo e no Sóter, onde foi construído um dissipador de energia (uma espécie de barragem) que recebe a água da chuva de uma parte da Mata do Jacinto com quase 5 mil moradias. Este dissipador objetiva evitar o avanço da erosão no parque, mas em compensação aumenta a velocidade da água que desemboca no córrego.
A solução, conforme os mesmos técnicos, está prevista no projeto de pavimentação e drenagem dos bairros Vila Nascente, Futurista e Danubio Azul. Nesta região, onde estão sendo implantados mais de 15 quilômetros de drenagem, com investimento de R$ 15 milhões, está planejada a implantação de um piscinão nos altos da Avenida Mato Grosso, quase esquina com a Hiroshima, que terá capacidade para receber 500 mil litros de água por segundo. Esta bacia de contenção (como tecnicamente é chamado o piscinão) para reter parte da enxurrada e com isto reduziria o risco de transbordamento dos afluentes do Prosa (Sóter e Manoel Português) .