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Capital

Com 100 mil ainda sem vacinar, Dia D contra gripe tem baixa procura

Expectativa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) é vacinar 40 mil pessoas neste dia especial de imunização

Luana Rodrigues, Lucas Junot e Renata Volpe Haddad | 13/05/2017 09:52
Criança durante vacinação na UBS (Unidades Básicas de Saúde) do bairro Ana Maria do Couto. (Foto: Marina Pacheco)
Criança durante vacinação na UBS (Unidades Básicas de Saúde) do bairro Ana Maria do Couto. (Foto: Marina Pacheco)

Das 177 mil pessoas que estão nos grupos de risco para vacinação contra gripe, apenas 76,1 mil procuraram os postos de saúde para tomar a vacina, em Campo Grande. O “Dia D” da campanha, realizado neste sábado (13), também começou com baixa procura na UBS (Unidades Básicas de Saúde) do bairro Ana Maria do Couto, onde ocorreu a abertura da campanha, e na praça Ary Coelho, no Centro, mesmo com o procedimento sendo rápido e sem filas. 

O atendimento neste dia especial de imunização será até às 17h. A expectativa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) é vacinar 40 mil pessoas, média do dia “D” nas duas últimas campanhas.

Abertura da campanha de vacinação na UBSF do bairro Ana Maria do Couto. (Foto: Marina Pacheco)
Abertura da campanha de vacinação na UBSF do bairro Ana Maria do Couto. (Foto: Marina Pacheco)

De acordo com o secretário de Saúde do município, Marcelo Vilela, a maioria das pessoas se atenta para imunização contra a gripe apenas no frio e, como ainda não chegou o inverno, há certo comodismo. “Além disso, como não foram registrados casos graves da doença no Estado, por isso as pessoas não se alarmaram, mas se esquecem que a vacina serve justamente para prevenção”, disse Vilela.

Neste “Dia D”, há 68 pontos de vacinação em Campo Grande. A iniciativa reúne todas as UBS (Unidades Básicas de Saúde), UBSF (Unidades Básicas de Saúde da Família), UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon e Vila Almeida, além de um trailer na praça Ary Coelho, no Centro.

A técnica de laboratório, Lucia Silva, aproveitou que teria de resolver problemas no Centro para vacinar. “Facilita bastante”, disse.

A aposentada Márcia de Oliveira, ficou sabendo sobre o atendimento na praça no início da semana, mas deixou para vir no sábado. “Um dia mais tranquilo para mim”, afirmou.

Maria Eduarda Ramires, 43 anos, é professora e pela primeira vez está no grupo de risco para tomar a vacina. Também aproveitou o passeio no Centro para se imunizar e vacinar o filho.

Consciente da importância da vacina, o aposentado José Espada, 74 anos, foi um dos primeiros a chegar na UBSF do bairro Ana Maria do Couto. (Foto: Marina Pacheco)
Consciente da importância da vacina, o aposentado José Espada, 74 anos, foi um dos primeiros a chegar na UBSF do bairro Ana Maria do Couto. (Foto: Marina Pacheco)

Baixa procura – Desde o início da campanha até agora, Campo Grande vacinou 38% do público-alvo, o que na prática significa dois pontos percentuais acima da cobertura nacional que, segundo o Ministério da Saúde, foi de 36%.

Na capital, 197 mil pessoas estão nos grupos de risco. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde é que 90% destas pessoas sejam vacinadas, o que representa cerca de 177 mil cidadãos. No entanto, até o momento, apenas 76.189 receberam a dose da vacina, ou seja, a adesão é baixíssima.

Entre os já imunizados, o maior público foi o de idosos, 35.562, seguido das crianças menores de 5 anos, com 20.503 vacinados, trabalhadores de saúde 9.378, grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, 4250; gestantes, com 3.505 imunizados, professores 1.750, puérperas (mulheres que deram à luz recentemente) 778; indígenas 477, e funcionários do sistema prisional, 51 vacinados.

Consciente da importância da vacina, o aposentado José Espada, 74 anos, foi um dos primeiros a chegar na UBSF do bairro Ana Maria do Couto. “Vim por recomendação do agente municipal de saúde, mas acho muito importante a campanha, principalmente para mim e a minha esposa, que somos idosos”, diz.

Quem pode vacinar - O Ministério da Saúde recomenda a vacinação para pessoa com 60 anos ou mais de idade, crianças na faixa etária de 6 meses a menores de cinco anos, gestantes, puérperas (mulheres que deram à luz recentemente), trabalhadores de saúde, povos indígenas, grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e professores.

Para receber a dose, todos devem apresentar o Cartão Nacional de Saúde e/ou número prontuário da rede de saúde de Campo Grande, documento pessoal de identificação e a caderneta de vacinação (caso tenha).

Já os professores devem apresentar o holerite e os documentos obrigatórios para todos do grupo de risco. Os portadores de doenças crônicas precisam apresentar e deixar nas unidades de vacinação, cópia do laudo indicando a doença ou uma receita, ambos com carimbo e assinatura do médico. A campanha termina em 26 de maio.

Veja abaixo o andamento da vacinação na praça Ary Coelho:

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