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Capital

Com 57 casos de H1N1, atendimento em postos de saúde aumenta

Mariana Lopes | 05/07/2012 20:31

Em nota atualizada hoje, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que em Campo Grande, foram registrados ainda 113 notificações de H1N1, 44 descartes do vírus e 10 aguardam resultado do exame.

Fila para vacinação no posto de saúde do Tiradentes (Foto: Pedro Peralta)
Fila para vacinação no posto de saúde do Tiradentes (Foto: Pedro Peralta)

Há mais ou menos dois meses, o movimento nos postos de saúde e hospitais de Campo Grande aumentou visivelmente. Entre os pacientes, a principal queixa é dos sintomas de gripe. Com 57 casos confirmados de H1N1 e três mortes pela doença na Capital, a população está alerta por causa do vírus.

No posto de saúde do Guanandi, segundo o gerente da unidade, Cleyson Borges, o atendimento a pessoas com queixas de sintomas de gripe aumentou 30% de dois meses para cá. Os pacientes que apresentam insuficiência respiratória, o que diferencia a gripe A, são encaminhados aos hospitais para o exame apropriado, na maioria das vezes ao HU.

Ainda de acordo com Cleyson, a farmácia da unidade de saúde oferece o Tameflu, medicamento receitado aos pacientes da gripe A, e, em junho, foram distribuídos 400 comprimidos à população. No estoque do Guanandi ainda há 500 comprimidos de Tameflu.

Os postos de saúde liberaram a vacina contra gripe A, porém, em algumas unidades não há demanda o suficiente para atender a população. “A procura está grande, mas aqui no Guanandi acabou ontem e não tem previsão para chegar mais”, afirma Cleyson.

No Hospital São Lucas o atendimento aumentou 100% em dois meses (Foto: Pedro Peralta)
No Hospital São Lucas o atendimento aumentou 100% em dois meses (Foto: Pedro Peralta)

No posto de saúde do bairro Tiradentes, que normalmente atende cerca de 100 pessoas por turno, o atendimento aumentou 60% em dois meses, e a maioria com sintomas gripais, segundo a gerente da unidade, Flávia Almeida.

Nas unidades particulares a situação não é diferente. De acordo com a enfermeira Estelita Maria Souza, no Hospital São Lucas o atendimento aumentou 100% nesses dois meses.

No banco do hospital, enquanto aguardava a vez da consulta, Marilene Pinheiro, 37 anos, colocava o filho de 8 anos no colo. O garoto deu sinal dos sintomas de gripe ontem e hoje ela já correu com ele para o médico.

“Fico preocupada por causa do tanto de casos de gripe A que está tendo”, comenta. Marilene disse que levou o filho ao posto de saúde para vacinar, mas foi informada que havia acabado a vacina.

Neste ano, o Hospital São Lucas internou quatro crianças com H1N1, de acordo com Estelita. Na unidade infantil, a vacina contra a gripe A é aplicada por R$ 60, tanto em crianças quanto em adultos.

Uma leitora do Campo Grande News, que preferiu ter o nome reservado, entrou em contato com a redação do jornal e disse que ligou nos postos de saúde de Campo Grande para saber informações sobre vacinação e a resposta que recebeu foi de que “não há estoque para atender a população”.

“Eu queria que os funcionários da minha empresa fossem se vacinar, pois vimos as notícias sobre o vírus e ficamos preocupados com outro surto”, explicou a leitora.

Em nota atualizada hoje, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que em Campo Grande, além dos 57 casos confirmados e três óbitos, foram registrados ainda 113 notificações de H1N1, 44 descartes do vírus e 10 aguardam resultado do exame.

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