Com 90% das obras, conclusão de Aquário vai demorar quatro meses
Depois de meses e vários prazos, as obras do Aquário do Pantanal ganharam uma nova data para serem concluídas: 30 de abril de 2015. O coordenador do programa Biota-MS (Programa Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação em Biodiversidade), João Onofre, estimou que 90% das obras já foram concluídas e espera que, em quatro meses, o empreendimento será aberto ao público.
Na tarde desta terça-feira (30), o Governo do Estado abriu as portas para a imprensa conferir o andamento das obras do Aquário do Pantanal. A vistoria técnica foi guiada pelos “cabeças” da obra, o arquiteto responsável Ruy Ohtake, o biólogo João Sabino e Onofre.
O coordenador do Biota-MS explicou que o planejamento acabou sendo mudado ao decorrer das obras, por vários motivos, como a demora na chegada de algumas peças e a chuvas. Mas “considerando a velocidade da obra, em quatro meses estaremos com as obras concluídas. Este é o planejamento”, alegou Onofre.
Ainda ressaltou que a obra, até a sua conclusão, custará aos cofres públicos R$ 170 milhões. De acordo com o último orçamento, o Aquário deveria custar R$ 155 milhões.
Durante a visita, vários equívocos foram esclarecidos pelos guias, como a quantidade de peixes que irão residir no aquário. “Serão 135 espécies de peixes, sem contar com os mamíferos e répteis”. Os peixes serão distribuídos em 32 aquários, sendo que os outros em um “jardim aberto”, com sete lagunas, montado no centro da estrutura, que também contarão com espécies da flora de Mato Grosso do Sul.
O circuito de aquários irá mostrar desde a nascente, com peixes típicos deste habitat, até o “desaguar no oceano”, onde será a Aquaesfera. “Aqui será nosso grand finale”, comentou Onofre. Neste ponto, os visitantes poderão andar “por dentro” do aquário.
No passeio no jardim aberto, os visitantes verão espécies da flora, como a Vitória-régia, e animais, como casais de lontras, antas e sucuris amarelas. Ainda poderão entrar por uma passarela, que passa por baixo do circuito de aquários, e acaba em um mirante, seis metros acima do Córrego Prosa, no Parque dos Poderes.
Ohtake afirmou que a estrutura do aquário é uma das melhores do Brasil, para visitação e pesquisas. “Sem receio, esse é o equipamento cultural mais completo do Brasil”, apontou, já que dentro do aquário terá um centro de pesquisas, com três laboratórios e um “hospital para os peixes”.
Além da diversão, os visitantes também contarão com um auditório, uma biblioteca digital, que ainda tem capacidade de armazenar 30 mil livros físicos, de acordo com Ohtake. A princípio a entrada na biblioteca será gratuito, mas, de acordo com Onofre, a administradora pode estipular um valor para o visitante.
Um museu, que comportará a Bionave, uma estrutura, com capacidade para 12 pessoas, onde passaram filmes, com a tecnologia “6D”, onde os visitantes poderão realizar voos e mergulhos pela biodiversidade do Pantanal, também será disponibilizado dentro do museu.
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