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Capital

Com aumento de doenças respiratórias, bronquiolite ameaça crianças na Capital

Em alerta para alta nos casos da doença, Sesau intensificou atendimento infantil em Campo Grande

Por Jhefferson Gamarra | 08/06/2024 14:24
Pais com criança em frente a unidade de atendimento da família (Foto: Marcos Maluf)
Pais com criança em frente a unidade de atendimento da família (Foto: Marcos Maluf)

A proximidade da temporada de inverno traz consigo um aumento nos casos de infecções respiratórias, e em Campo Grande não é diferente. Os números recentes trazem um alerta especial para os pais: os casos de VSR (Vírus Sincicial Respiratório) que estão atingindo níveis preocupantes, especialmente entre os bebês e crianças com até 2 anos de idade, que são suscetíveis a bronquiolite.

De acordo com dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), desde o dia 20 de maio até o último dia 4 de junho, foram coletados 1.219 exames de pessoas com síndromes gripais nas unidades de saúde e hospitais da Capital. Destes, 32,9% apontaram a presença de vírus respiratórios, sendo o VSR um dos principais agentes identificados. Além disso, a covid-19 e a influenza também estão entre os causadores dessas síndromes, com 33,8% e 33,31% dos resultados, respectivamente.

Os números são ainda mais alarmantes quando se observa o impacto do VSR nas faixas etárias mais vulneráveis. Crianças de até um ano somam 422 casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), onde o VSR é um dos principais agentes infecciosos identificados. Já as crianças de um a 4 anos chegam a 272 casos este ano.

A bronquiolite, uma das principais complicações causadas pelo VSR, é uma doença que inflama os bronquíolos, estruturas dos pulmões, levando à obstrução das vias respiratórias. Os pulmões se enchem de líquido fazendo com que os bronquíolos fiquem mais grossos formando um muco, é esse muco que vai obstruir a saída e a entrada de ar. Como nos bebês o sistema respiratório ainda não está totalmente formado, a bronquiolite é mais grave, e em adultos a doença é chamada de bronquite.

Para o tratamento, repouso e hidratação são recomendados, enquanto casos mais graves podem requerer tratamento de inalação. No entanto, a prevenção ainda é a melhor estratégia. Evitar o contato com pessoas contaminadas e manter bons hábitos de higiene ajudam a reduzir a proliferação de doenças, principalmente as respiratórias.

Diante desse cenário, a Secretaria de Saúde de Campo Grande implementou medidas adicionais para garantir o atendimento adequado à população. Um Pronto Atendimento Infantil foi inaugurado no CRS (Centro Regional de Saúde) Tiradentes, para dar conta da crescente demanda por cuidados pediátricos. A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, ressalta a importância dessas iniciativas: "Entendendo a demanda infantil da Capital, a prefeitura disponibilizou mais um ponto de atendimento qualificado para dar maior aporte".

Além disso, houve ampliação do horário de funcionamento na USF (Unidade de Saúde da Família) do Jardim Noroeste, buscando desafogar as unidades de urgência e emergência durante essa época do ano. Antes, a unidade fechava às 17 horas e nesta semana passou a funcionar até às 23 horas. "75% da população que procura uma UPA ou CRS pode ser atendida numa USF, então orientamos que também procurem esses locais", orienta Rosana Leite.

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