Com bancos quebrados e lixo, abandono frustra visitantes do Parque Ayrton Senna
Corrimões quebrados, bocas de lobos entupidas e aparelhos de ginástica enferrujados são reclamações frequentes
O cenário de abandono do Parque Ayrton Senna tem frustrado quem visita o local para caminhar ou aproveitar o espaço ao lado da família, em Campo Grande. Com lixo no gramado e bancos destruídos, o passeio aborrece algumas pessoas. Essa foi a palavra usada pelo aposentado Luiz Carlos Gianezes, de 73 anos, para definir os últimos anos em que frequenta o parque. Há oito ele vai ao lugar para fazer exercícios na academia ao ar livre.
A reportagem esteve no parque nesta segunda-feira (16) e encontrou diversos sinais de depredação, um deles são os corrimões da pista de acessibilidade, todos retorcidos e quebrados. Além disso, toneiras estouradas, poucas lixeiras, bancos quebrados ou "adaptados com jeitinho brasileiro" e muito lixo. Veja fotos no final da matéria.
O lugar também deixa Luiz triste, uma vez que os aparelhos usados por ele nas atividades físicas estão enferrujados e com a tinta descascando. “Eu fico aborrecido com essas coisas porque você não vê ninguém fazendo nada. As lixeiras você não vê uma inteira, está tudo quebrado. Os balanços vem uma molecada pra quebrar tudo, fizeram uma pintura porca com tinta ruim e tá soltando tudo".
Ele ressalta que mesmo com a segurança no local, já chegou a ser assaltado dentro do parque. “Eu venho aqui há oito anos, já até fui assaltado aqui. Levaram minha aliança". O aposentado também acrescenta que dependentes químicos contribuem com o panorama crítico, pois furtam cabos de energia e danificam portões. “Aqui dentro não pode andar de bicicleta e muita gente anda, de carro também”.
José Alves de Oliveira Filho, de 40 anos, comparou o lugar a outro parque de administração municipal, o Jacques da Luz. Para o professor, o problema é estrutural. “O que está faltando são mais lixeiras, se já não tem a lixeira podiam comprar tonéis azuis e adaptar. Tem algumas coisas que realmente precisam melhorar, podiam pintar, dar um a vida”.
Apesar da limpeza frequente dos banheiros, para José, a manutenção deixa a desejar. “O vento derrubou com a chuva de ontem, mas hoje, não podiam chegar com algum machado ou facão e tirar. Impede as pessoas de passar ou pode machucar crianças”.
O aposentado Adilvado Souza Silva, de 60 anos, visitou o local nesta segunda-feira (16) pela primeira vez. Morador da zona rural da cidade, esteve no parque com um amigo. À reportagem ele contou sobre a primeira impressão do lugar. “No meu conhecimento precisa melhorar um pouco mais, a gente que é brasileiro é mais sossegado na parte de organização e de limpeza, isso falta um pouquinho aqui pelo que estou observando”.
Ele também relata que observou a quantidade de lixo no gramado e bocas de lobos entupidas com barro.
O Campo Grande News entrou em contato com a prefeitura, mas até a publicação deste material não obteve retorno.
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