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Capital

Com faixa em avenida, moradores protestam por “bairro esquecido”

População alega falta de estrutura e segurança que afeta a vida de todos

Por Antonio Bispo e Alison Silva | 15/12/2023 17:12
Faixa colocada como forma de protesto em uma das ruas do bairro (Foto: Alison Silva)
Faixa colocada como forma de protesto em uma das ruas do bairro (Foto: Alison Silva)

“Sem asfalto, ônibus, patrulhamento e segurança”. É o que contam os moradores do bairro Jardim do Córrego, região das Moreninhas, em protesto com faixa na Avenida José Vilela de Andrade, afirmando estarem abandonados pela prefeitura e segurança pública do município.

Ao Campo Grande News, moradores relataram que a falta de estrutura tem sido fundamental para o aumento de casos de dengue e picadas de escorpião, por conta do mato alto e da rua de terra, prato cheio para o acúmulo de todo tipo de lixo. Além disso, o número de assaltos e furtos de fios saltou expressivamente.

Morando no bairro há oito anos, Tatiane Rodrigues, de 29 anos, contou que para que a rua em frente à casa dela fique minimamente transitável, precisou pagar do bolso um aterro e conseguir ter acesso à residência. “Nós mesmos que colocamos aterro. Um vizinho aqui que trabalha com isso e nós pedimos para ele melhorar pra gente. Não tem policiamento aqui, geralmente vão [os policiais] em outros bairros e não passam. Temos um córrego lá para baixo, desce muita gente e as pessoas jogam lixo lá”, disse.

A jovem destacou, ainda, que apesar da falta de estrutura adequada aos moradores, os boletos de pagamento do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) chegam regularmente. “Minha casa é própria. O aluguel aqui custa cerca de R$ 500, R$ 600. O IPTU cerca de R$ 700 da última vez”, desabafou.

Tatiane Rodrigues mora no bairro há oito anos e relata transtornos recorrentes (Foto: Alison Silva)
Tatiane Rodrigues mora no bairro há oito anos e relata transtornos recorrentes (Foto: Alison Silva)

Da mesma forma contou o auxiliar de produção Davanilson Alves Bento, que teve a ideia de criar o cartaz para ser instalado no bairro como forma de protesto.

“Pensei, por que a gente não faz uma faixa? Colocamos a faixa ontem. Temos um grupo da vila, a última vez que patrolaram aqui faz mais de um ano, encheu de barro. Nós organizamos em 33 pessoas e a faixa custou cerca de R$ 300, nós mesmos que colocamos. Aqui é dengue, escorpião. A iluminação é boa, mas a noite é só você e Deus. Pra você sair tem que se cuidar, tem bastante assalto aqui, roubo de fio, padrões de energia”, destacou.

No bairro, a equipe de reportagem encontrou diversos terrenos com mato alto e lixo espalhado pelo gramado, bem como ruas sem asfalto e com valetas formadas pela passagem excessiva de água.

Davanilson Alves foi quem teve a ideia de reunir os moradores e confeccionarem a faixa (Foto: Alison Silva)
Davanilson Alves foi quem teve a ideia de reunir os moradores e confeccionarem a faixa (Foto: Alison Silva)

Policiamento - Quando questionada, a Polícia Militar informou que o patrulhamento no bairro é realizado diuturnamente por meio da 6ª Companhia Independente da Polícia Militar, além das unidades especializadas como Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), Choque, entre outros.

“Rondas preventivas e abordagens policiais ocorrem diariamente em todos os bairros da Capital, inclusive na região informada, e têm sido intensificadas de acordo com o emprego operacional das viaturas. Todo policiamento é realizado com base na análise de dados estatísticos, extraídos dos Boletins de Ocorrências e também dos atendimentos à comunidade local. Assim, é imprescindível que os moradores repassem esse tipo de informações às equipes policiais ou registrem eventuais crimes na delegacia da região, de modo que todo o poder público possa tomar conhecimento desses fatos e atuar de forma mais precisa. Ainda, pode-se entrar em contato via 190 e solicitar policiamento na região informada”, afirmou em nota.

O órgão de segurança ressaltou, também, que a PM é responsável pelo policiamento ostensivo e preventivo, visando prevenir a ocorrência de crimes ou de infrações administrativas. “Após a ocorrência do delito, cabe à Polícia Civil a apuração das infrações penais, bem como cabe à referida instituição a investigação das ações realizadas pelos possíveis autores dos delitos”, finalizou.

A Prefeitura de Campo Grande também foi questionada, mas não respondeu até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.

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