Com frota “vencida” e fiscalização precária, vistoria de ônibus é adiada
Apesar do cenário de frota “vencida” e fiscalização insuficiente, os ônibus do transporte coletivo urbano de Campo Grande só devem ser fiscalizados a partir de abril. No dia 14 de fevereiro, a prefeitura informou que, diante das reclamações dos usuários, faria uma vistoria o mais rápido possível.
Porém, agora será aguardada a chegada de 91 ônibus novos. Desta forma, a idade média da frota de 585 veículos cai dos atuais sete anos para 4,9, no limite dos cinco anos definido no contrato com o Consórcio Guaicurus.
De acordo com o diretor-presidente da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), Vinícius Leite Campos, o consórcio informou, em reunião realizada em 21 de fevereiro, que vai renovar a partir da segunda quinzena de março 91 ônibus, sendo três com ar-condicionado e três com climatizador.
“É mais racional esperar retirar os veículos de circulação para fazer a vistoria no restante da frota”, afirma o diretor. Conforme Vinícius Campos, as empresas alegaram dificuldades financeiras, alta taxa para o financiamento e quebra de veículos acima da média por conta dos buracos na malha viária de Campo Grande.
A situação da frota acima da idade média não gerou penalidade, apesar de o contrato prever, em caso de descumprimento de cláusulas, advertência, multa, suspensão temporária de participar em licitação e declaração de inidoneidade.
Ainda conforme o diretor da Agereg, a fiscalização dos ônibus é feita pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), mas não há “servidor em número necessário para fiscalização mais profunda”. Para o futuro diagnóstico da frota, uma possibilidade é contratar empresa especializada.
O veículo normal não pode ter idade superior a oito anos, enquanto a idade máxima para os ônibus articulado é de 12 anos. Já a idade média, somando a “idade” de cada veiculo e dividindo pela quantidade, não pode exceder cinco anos. O Consórcio Guaicurus não quis se manifestar.