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Capital

Com mais ônibus nas linhas, movimento em terminais é tranquilo e organizado

Depois de caos e aglomeração na manhã desta segunda-feira, passageiros dizem não ter do que reclamar hoje

Anahi Zurutuza e Bruna Marques | 15/06/2021 07:24
No Terminal General Osório, fiscal controla a entrada de passageiros em veículo do transporte coletivo (Foto: Henrique Kawaminami)
No Terminal General Osório, fiscal controla a entrada de passageiros em veículo do transporte coletivo (Foto: Henrique Kawaminami)

Com a volta da circulação da frota de ônibus completa em Campo Grande, nesta terça-feira (15), a movimentação é tranquila nas plataformas e embarque e desembarque da Capital. Pelo menos nos terminais General Osório, no Bairro Coronel Antonino, e Nova Bahia, ambos na região norte da cidade, o entra e sai de passageiros era considerado normal por quem usa o transporte coletivo diariamente.

A copeira Andreia Martins, de 46 anos, acha que mesmo assim, linhas mais cheias deveriam ser reforçadas em tempos de pandemia. “Ontem estava um caos, uma bagunça, hoje já está calmo. Peguei um ônibus lá no Talismã para vir para o terminal [General Osório] e estava vazio. O povo fala de pandemia, mas você já calculou que uma pessoa sentada do lado da outra dentro de um ônibus não dá 1 metro de distância. Teria de ter mais ônibus para não dar aglomeração”.

No Terminal General Osório, fiscais do Consórcio Guaicurus fazem o controle da entrada de passageiros nos veículos do transporte coletivo. Um ônibus comum, não sanfonado, tem capacidade para carregar até 80 pessoas – 46 em pé e 34 sentadas –, mas por determinação da Prefeitura de Campo Grande, só podem operar com 70% da capacidade, ou seja, transportando no máximo 56 trabalhadores.

A cuidadora de idosos Elizete Ribeiro, 52 anos, também critica a retirada de veículos das linhas toda vez que medida restritiva entra em vigor, como aconteceu nessa segunda-feira (14), quando entrou em vigor decreto estadual determinando o fechamento de atividades não essenciais em 43 cidades de Mato Grosso do Sul, incluindo a Capital. Ela sai do Bairro Parque do Sol por volta das 6h para chegar ao General Osório às 6h40 e seguir viagem. “Hoje está bem vazio até. Ontem foi complicado, estava muito lotado, não tinha ônibus e os que tinham estavam lotados. Se tivesse mais, andariam mais vazios. Eles tiram os ônibus e fica aquela aglomeração lá dentro. Aí não tem como, se tiver alguém contaminado, contamina todo mundo”.

Fila com distanciamento social em terminal para os primeiros embarques da manhã (Foto: Henrique Kawaminami)
Fila com distanciamento social em terminal para os primeiros embarques da manhã (Foto: Henrique Kawaminami)

Mudança – O prefeito Marquinhos Trad (PSD) decidiu reabrir o comércio em Campo Grande a partir de hoje, contrariando a última classificação feita pelo Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia) que colocou a Capital na “bandeira cinza”, indicando risco extremos de contágio com o novo coronavírus, e por isso restringiu atividades como forma de reduzir a circulação de pessoas nas ruas. A Prefeitura, contudo, impôs algumas restrições, como a determinação que os ônibus do transporte coletivo de Campo Grande deverão passar a atender com limite de até 70% da capacidade de passageiros permitida.

No texto, o município também manda que o Consórcio Guaicurus atenda a população com a frota usada em dias comuns, antes do decreto que determinou medidas mais restritivas na cidade. Ficará a cargo da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) a missão de fiscalizar o cumprimento do que foi determinado e Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) aplique eventuais punições.

O decreto tem validade até o dia 30 de junho. Ontem pela manhã, no primeiro dia útil na “bandeira cinza”, o transporte coletivo operou com 71% da frota, ou 273 dos 380 ônibus disponíveis na Capital. O resultado foram veículos e terminais lotados, com longa espera e pontos de aglomeração.

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