Rompimento de contrato foi essencial para garantir PAC, afirma prefeito
De Brasília (DF), para assinatura de projeto do PAC 2 da Mobilidade Urbana, no Palácio do Planalto, o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) lembrou a decisão de romper a atual concessão do transporte coletivo urbano.
“Se não tivesse a decisão não estaríamos aqui hoje”, destacou.
Em setembro do ano passado, Prefeitura de Campo Grande e Assetur (Associação das Empresas de Transporte Coletivo), que reúne as cinco empresas, romperam contrato que iria até 2014.
A administração municipal exigia da detentora da concessão investimento na ordem de R$ 40 milhões para que a cidade estivesse apta a receber os recursos do PAC. Após diversas negociações, as partes não chegaram a acordo e a ruptura do contrato foi anunciada.
Agora, com a verba assegurada, o prefeito destaca que o desafio será lançar a nova licitação para a escolha da empresa que vai explorar, de forma exclusiva, o transporte coletivo urbano de Campo Grande.
No entanto, Nelsinho garantiu que o certame não será lançado de forma “apressada” e que os prazos legais serão obedecidos. Audiência pública no dia 7 vai debater o assunto e a licitação deve sair 30 dias depois.
Trad lembrou que os investimentos do PAC Mobilidade Urbana eram o maior desafio de seu último ano como prefeito. “É o maior volume de recursos que a cidade já contraiu”, pontuou sobre o valor de R$ 180 milhões.
O chefe do Executivo Municipal também comemorou o fato de a Capital ser contemplada no PAC, mesmo fora das cidades que vão sediar jogos da Copa do Mundo de 2014. “Campo Grande teve um bom projeto. Poucas conseguiram”, destacou.
PAC - Segundo informações da Prefeitura, os investimentos serão aplicados na construção de quatro terminais de ônibus, implantação de corredores exclusivos para o transporte coletivo, reforma do Terminal Morenão e construção de um viaduto na confluência das avenidas Gury Marques e Interlagos, na saída para São Paulo.
Deste valor, R$ 120 milhões é um financiamento que a Prefeitura vai contratar junto à Caixa Econômica e R$ 60 milhões, corresponde a contrapartida da União, recursos a fundo perdido.
De acordo com o projeto serão 58 km de corredores exclusivos para o transporte coletivo, que exigirão intervenções como estações de pré-embarque, recapeamento das vias, reformulação das calçadas, em alguns trechos confinamento dos corredores e iluminação adequada.
Está prevista intervenção na avenida dos Cafezais com Gury Marques; reforma no Terminal Morenão, além de investimento em ciclovias e modernização do sistema de controle eletrônico.
Ainda segundo informações divulgadas pela Prefeitura nesta terça-feira, o projeto pode reduzir o tempo de espera do usuário de ônibus e, com isto, até baixar a tarifa do serviço.