Com poucos médicos, pacientes esperam 1 hora e meia em postos
Sem médicos em número suficiente nos postos de saúde da Capital, a população enfrenta horas de espera por atendimento. A ausência de profissionais atinge várias unidades de saúde. No posto do bairro Guanandi, a agente de turismo Lourdes Paiva, 49 anos, ficou mais de uma hora e meia esperando atendimento para a filha de 15 anos na manhã desta segunda-feira (4).
A enfermeira da unidade chegou a avisar sobre a falta de profissionais. “Ela disse que o quadro de médicos estava reduzido, mas não explicou os motivos”, disse Lourdes. Os pacientes estão sendo atendidos “bem devagar”, lembrou a agente.
“Ninguém vem para cá para ficar esperando por frescura. Se a gente procura o posto é porque a gente precisa mesmo”. A filha de Lourdes estava com dores de estômago e vomito.
A cozinheira Foraci Mendonça, 58 anos, que está com dengue, disparou críticas ao atendimento. “A precariedade é muito grande e o prefeito, ao invés de melhorar a saúde, piorou”. Foraci foi até o posto fazer o acompanhamento da doença.
Depois de desmaiar no terminal rodoviário, a jovem de 19 anos foi levada ao posto de saúde. A mãe, a doméstica Rosangela Assis, 43 anos, afirmou que apenas uma médica fazia o atendimento durante as primeiras horas da manhã.
A filha de Rosangela, segundo ela, chegou ao local em estado preocupante, mas ainda assim o atendimento não foi priorizado.
“Só tinha uma médica, e das 7h30 até as 8h30 a médica só tinha atendido duas pessoas. Por volta das 8h30 chegaram mais dois. Mas mesmo assim está muito lento”.
A administração municipal iniciou os atividades reforçando que os atendimentos nas unidades de saúde seriam priorizados. O secretário Municipal de Saúde Ivandro Fonseca chegou a afirmar que "nenhum paciente esperaria por mais de uma hora nas unidades".
A equipe de reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura, mas até o momento da publicação não havia obtido resposta sobre a falta de profissionais.