Com reforço policial e sob ameaças, madrugada termina sem atentados
A expectativa era de madrugada violenta na Capital, depois de ataques à ônibus ontem (14), mas não houve novos atentados na noite e madrugada desta sexta-feira (15). Segundo a polícia, o efetivo foi reforçado em pontos críticos e não há qualquer indício de motim no presídio de Segurança Máxima.
Conforme o comandante do Batalhão de Choque, tenente-coronel Marcos Paulo, tudo ocorreu dentro na normalidade. Nas últimas 24h, policiais apreenderam uma arma de fogo, e prenderam duas pessoas com mandados de prisão em aberto. Também foi registrado roubo de veículo, no Bairro Lageado. A assessoria de imprensa da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), afirmou que não houve nenhum problema nas unidades prisionais da cidade.
Na noite de quarta para quinta-feira, dois ônibus foram incendiados e um apedrejado. Também houve tumulto em penitenciárias de algumas cidades do interior. A ordem para os atentados partiu de presidiários, que não gostaram da revista feita, na tarde de quarta-feira (13), por agentes penitenciários recém-formados no curso de intervenção rápida em presídios. O mandante já foi identificado.
Prisão - Três homens foram presos e três adolescentes apreendidos - sendo uma mulher -, na região do Bairro São Conrado, suspeitos de ligação com os ataques aos ônibus. Com o grupo, foram apreendidos maconha, arma de brinquedo e celulares roubados.
Ataques - O primeiro caso ocorreu na Rua Expedicionário Alcindo Jardim Chagas, no Jardim Aero Rancho. Dois homens encapuzados e armados abordaram o coletivo, que seguia no sentido Centro e obrigaram o condutor e os passageiros a descer, enquanto eles jogaram gasolina e atearam fogo. Em seguida, o alvo foi o ônibus de uma igreja, na Rua Hafan Felício, no Jardim Campo Nobre. Um coletivo também foi apedrejado no Bairro São Conrado.