Com segurança reforçada, 7 membros do PCC vão a júri por decapitar jovem
O julgamento acontece quase 5 anos depois que Rudnei da Silva Rocha, o “Babidi”, foi decapitado
Sete membros da facção criminosa denominada PCC (Primeiro Comanda da Capital) são julgados nesta quinta-feira (8) por matar e decapitar Rudnei da Silva Rocha, o “Babidi”, de 22 anos, em tribunal do crime. O caso aconteceu no dia 7 de outubro de 2017, em Campo Grande.
O julgamento ocorre na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, presidido pelo juiz Carlos Alberto Garcete, e por envolver facção criminosa, conta com esquema de segurança, feito por duas equipes do Batalhão de Choque.
Serão julgados: Ayume Chaves da Silva, Lucas Carmona de Souza, Rodrigo Roberto Rodrigues, Roberto Railson Maia da Silva, Mike Davison Medeiros da Silva, Cristiane Gomes Nogueira Rodrigues e Rogério Silva. Hamilton Roberto Dias Júnior também seria julgado nesta quinta-feira, mas como a advogada dele não pôde comparecer, o júri foi remarcado para outro dia.
Segundo a denúncia, nos dias 6 e 7 de outubro daquele ano, na Rua Internacional, no Jardim Santa Emília, os acusados mantiveram a vítima em cárcere privado até que fosse feito o julgamento dela pelo tribunal do crime. Rudnei foi condenado e decapitado porque era traficante de drogas e integrante do PCC, porém teria se filiado ao Comando Vermelho, facção rival. Para executar o crime, Ayumi cedeu sua casa para que o julgamento do rapaz fosse realizado.
Rodrigo, Roberto e Cristiane levaram Rudnei até o local, enquanto Lucas e Mike foram os responsáveis por contê-lo. Após o encerramento do julgamento conduzido por Cristiane, em conferência com outros integrantes do PCC, determinou-se a execução do rapaz. Na ocasião, Roberto levou Rudnei amarrado até o banheiro e lá mandou que ele deitasse no chão, com a cabeça dentro do box e as pernas em direção à porta. Enquanto a vítima tentava reagir, mesmo com as mãos e os pés amarrados, foi segurada por Rodrigo e decapitada.
Na sequência, os dois deixaram o corpo enrolado em um cobertor com a cabeça decepada ao lado em uma estrada vicinal da região do Bairro Indubrasil. A ré Cristiane também é acusada de corrupção de uma adolescente de 17 anos que participou do crime emprestando a sua casa para que fosse realizado o julgamento, que ocorreu em vários locais para não levantar suspeita da vizinhança.