Com UPA's lotadas, ambulâncias perambulam atrás de vagas
Unidade do Corpo de Bombeiros chegou no posto de saúde do bairro Coronel Antonino e precisou seguir para outro local
Com a lotação nas UPA's (Unidade de Pronto Atendimento) as ambulâncias de Campo Grande ficam percorrendo a cidade em busca de atendimento para os pacientes socorridos nas ruas. Na manhã desta sexta-feira (17) uma unidade do Corpo de Bombeiros chegou no posto de saúde do bairro Coronel Antonino e precisou seguir para outro local.
A ambulância já estava a caminho da unidade quando a Central de Regulação do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi informada que o setor de urgência do posto de saúde estava lotado, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Educação).
Por meio de nota, a assessoria informou que não houve tempo de avisar sobre a lotação. "Não houve tempo hábil para informar os profissionais socorristas que a unidade estava lotada e ao chegaram no local foram redirecionados para outra unidade", diz a nota.
A UR (Unidade de Resgate) do Corpo de Bombeiros precisou seguir para o UPA do bairro Vila Almeida. É comum ambulâncias terem que procurar outras unidades por conta da superlotação nas áreas de urgência e emergência dos postos de saúde de Campo Grande.
Durante a manhã de hoje a reportagem do Campo Grande News foi ao posto de saúde e pode notar que a fila de espera para atendimento estava muito grande, tanto para consulta com clinico geral quanto para pediatras.
Ao todo a unidade tem 30 leitos, sendo três leitos urgência e emergência, na ala vermelha; cinco leitos na estabilização, ala amarela; sete leitos infantis, sete masculinos e oito femininos.
Quem precisa do atendimento sofre com lotação e aguarda horas na espera. Moradora do bairro Jardim Noroeste, Fernanda dos Santos, 29 anos, procura a unidade do Coronel Antonino por considerar melhor que a unidade do bairro Tiradentes, mais próxima de sua casa.
"Essa é a melhor UPA, nos outros é muito ruim. Tem vez que não é atendido. Eu estou com dor de estômago e não consigo comer nada. Achei melhor vir aqui e esperar, mesmo lotado", disse.
Com uma filha de 3 anos, Katelyn Borges, de 26 anos, se deslocou do bairro Estrala Dalva atrás de pediatra. "O mais perto de casa é o do bairro Nova Bahia, mas não tem pediatra, só aqui, no Vila Almeida e no Universitário".
De acordo com a Sesau, são seis consultórios clínico adulto e seis consultórios pediátricos, ao todo 11 médicos estavam no plantão. A secretaria explica que os pacientes são atendidos conforme a gravidade.
"A informação é de que havia uma alta demanda de pacientes em estado grave o que, reflete no atendimento dos pacientes classificados como azul ou verde e que necessitam apenas de atendimento ambulatorial. Nos casos ambulatoriais, a recomendação é que o paciente procure uma unidade básica de saúde", diz a nota.