Exame descarta gripe A como causa da morte de detento atendido em UPA
Interno do Instituto Penal foi socorrido no dia 3 de março e morreu no dia 5; suspeita agora é de tuberculose
O detento que morreu na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) das Moreninhas com insuficiência respiratória não teve a gripe A – a H1N1 ou gripe suína. Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), exame laboratorial descartou a infecção pelo vírus e mais testes serão feitos para investigar a causa da morte.
A principal suspeita agora é que ele tenha sido vítima de tuberculose.
Jefferson Rodrigues, de 29 anos, morreu na madrugada de domingo (5), cerca de 15 dias depois de ter sido preso e encaminhado a uma das unidades complexo penal de Campo Grande. Ele também já havia passado por um posto de saúde da Capital 19 dias antes da morte.
O detento era foragido do regime semiaberto e foi recapturado no dia 14 de fevereiro, quando o Corpo de Bombeiros foi acionado para atender a um homem que estava tendo alucinações na rua.
Ele foi primeiro encaminhado a um posto de saúde e quando teve alta, levado para o IPCG (Instituto Penal de Campo Grande).
Conforme a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), no dia 21 de fevereiro, ele passou por consulta com a médica psiquiátrica do presídio e não relatou nenhum outro problema.
Só no dia 3 de março, Jefferson procurou ajuda no setor de saúde do presídio por estar com febre e dores abdominais. Foi quando ele foi transportado até o CRS (Centro Regional de Saúde) do bairro Tiradentes e depois transferido para a UPA das Moreninhas, onde morreu.
A médica que o socorreu na UPA levantou a suspeita de que ele tenha sido vítima do vírus H1N1 por conta da rápida evolução do quadro de insuficiência respiratória.