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Capital

Com vacina liberada para todo mundo, posto de saúde têm fila desde às 2h

No CRS do Bairro Tiradentes, a fila virou um caracol dentro do prédio e do lado de fora, quase dobra esquina

Anahi Zurutuza e Mirian Machado | 03/06/2019 07:47
Fila na porta do CRS Tiradentes (Foto: Henrique Kawaminami)
Fila na porta do CRS Tiradentes (Foto: Henrique Kawaminami)

Após 51 dias da abertura, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe terminou na sexta-feira (31) em todo o país, com as doses remanescentes sendo liberadas para toda a população. Nesse fim de semana, nas unidades 24 horas de Campo Grande, ainda foram recebida somente integrantes dos grupos de risco, mas nesta segunda-feira (3), com a vacina disponível para todo mundo, postos de saúde da Capital amanheceram com fila na porta.

No CRS (Centro Regional de Saúde) do Bairro Tiradentes, a fila virou um caracol dentro do prédio e do lado de fora, quase dobra a esquina. A sala de vacina começa a funcionar às 7h15, mas a vacinação atrasou para começar, só às 7h40. Segundo funcionários, justamente por causa da demanda. A equipe vai deixar as seringas preparadas e abrir mais duas salas para a aplicação ser mais rápida. 

Aparecida Rosimeire de Aquino da Silva, de 47 anos, foi a primeira a chegar, às 2h. “Não suporto fila, queria ser a primeira. No ano passado, meu patrão pagou e neste ano, como ele não falou nada, decidi vir”, explicou a empregada doméstica sobre a antecedência.

Antônio, Marluce e o filho do casal à espera da abertura da sala de vacinação (Foto: Henrique Kawaminami)
Antônio, Marluce e o filho do casal à espera da abertura da sala de vacinação (Foto: Henrique Kawaminami)

Os terceiros da fila, a dona de casa Marluce Aguilera, de 50 anos, o mecânico Antonio Aguilera, 55, mecânico e o filho do casal, de 8 anos, chegaram às 4h. “Viemos para pegar lugar mesmo, não sabia se ia ter poucas doses. Meu filho ficou dormindo no carro e a gente se revezou na fila”, contou Marluce.

O marido completou dizendo que o sacrifício compensa. “Saúde é tudo”.

Balanço - Dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 30 não atingiram a meta de imunizar 90% dos grupos de risco, conforme levantamento feito pelo Campo Grande News com base nos dados da Sipni (Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações), do Ministério da Saúde.

Entre os municípios que tiveram baixa procura pela vacina estão Campo Grande, Dourados e Ponta Porã. A Capital e Ponta Porã têm menor cobertura vacinal, segundo dados, apenas 69% do público-alvo vacinado.

No Estado, cerca de 130 mil deixaram de se imunizar e em Mato Grosso do Sul, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), 10 pessoas morreram por gripe. A última morte foi confirmada na última quarta-feira (29), em Rio Verde de Mato Grosso.

Fazem parte dos grupos prioritários e ainda podem se vacinar crianças de 6 meses a menos de 6 anos; pessoas a partir de 60 anos; gestantes; puérperas (mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias); profissionais de segurança, saúde e educação; povos indígenas; portadores de doenças crônicas e outras categorias de risco clínico; detentos e adolescentes sob medidas socioeducativas.

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