Comerciantes temem reputação manchada após operação
Dos 473 estandes, apenas um box era alvo da Polícia Federal
Após operação realizada no Camelódromo da Capital, comerciantes temem que a reputação das lojas do local seja manchada. Na manhã desta terça-feira (8), a PF (Polícia Federal) foi até o local cumprir um mandado e realizar vistoria. Apesar de apenas o box 36 dos 473 estandes ter sido alvo da operação, a abertura do centro comercial foi atrasada em 1 hora e 30 minutos.
Vendendo roupas no local, Ivonete Oliveira, de 58 anos, diz que seu único receio é que o número de consumidores diminua. “Minha mercadoria vem tudo com nota, trabalho tudo legalizado por conta disso, para não passar por isso. O único receio é que isso assuste os nossos clientes”, relatou.
Outro vendedor, de 28 anos, que pediu para não ser identificado para não ser associado à operação, também relatou não temer por seus produtos terem nota fiscal, mas mostrou a mesma preocupação com os clientes. “Fico preocupado por causa do freguês, por conta da imagem que vai sair do camelódromo, a repercussão que isso vai dar”.
Em outro estande, com artigos eletrônicos, o funcionário, de 36 anos, acredita que as vendas possam ser prejudicadas. “Eu fico preocupado com a repercussão que isso vai dar. Fico preocupado com a imagem do camelódromo, porque isso acaba prejudicando”, disse.
Operação Bigorna - Deflagrada pela PF (Polícia Federal), a Operação Bigorna cumpriu dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal da Capital. Um mandado foi cumprido no Camelódromo e o outro na casa do comerciante. Os nomes dele e da esposa, alvos da ação, não foram divulgados.
Conforme a PF, a investigação teve início a partir de autuações realizadas pela Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), "por meio das quais restou evidenciado que alguns produtos comercializados no centro eram fruto de contrabando e descaminho".
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