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Capital

Comoção levou até desconhecidos para velório de empresário

Lidiane Kober e Mariana Lopes | 07/04/2014 16:42
Congestionamento se formou no encerramento do velório, que reuniu três mil pessoas e cerca de mil veículos (Foto: Cleber Gellio)
Congestionamento se formou no encerramento do velório, que reuniu três mil pessoas e cerca de mil veículos (Foto: Cleber Gellio)

A comoção diante da morte do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, de 32 anos, levou até desconhecidos ao velório, na tarde desta segunda-feira (7), no Parque Airton Senna, no Conjunto Aero Rancho, em Campo Grande. Um multidão, estimada em cerca de 3 mil pessoas, acompanhou o último adeus.

A dona de casa, Solange Oliveira Lima, 48 anos, não o conhecia, mas foi ao velório como gesto de solidariedade. “Vim pelo sentimento de solidariedade à família, não dá para entender tanta crueldade e falta de amor”, comentou.

A diarista Rosa Lúcia Ximenez Lopes, 39 anos, também não conhecia o empresário. “Mas ele é meu irmão na fé, então nos tornamos uma só família”, frisou. “Na igreja, eles pregam que os cristãos devem chorar com quem chora e sorrir com quem sorri”, completou. Para ela, o que mais chocou no crime foi a crueldade. “Ninguém merece isso”, avaliou.

Além de desconhecidos, muitos amigos foram se despedir de Erlon. É o caso do marceneiro Vanderlei Alves dos Santos, 47 anos. Ele chegou a ir às ruas ajudar nas buscas pelo empresário. “O tempo inteiro a gente tinha a expectativa de encontrar o nosso amigo com vida”, disse.

Ainda de acordo com ele, “Erlon nasceu e foi criado dentro da igreja (Congregação Cristã no Brasil)”. “Um homem muito trabalhador, nunca foi de bagunça, foi uma pessoa inocente e ingênua, que, na boa fé, acabou vítima de um crime tão bárbaro”, lamentou.

O velório começou por volta das 12h30, quatro horas antes, pessoas já aguardavam o corpo. Tamanho o público, congestionamento se formou no encerramento. Erlon morreu com um tiro na nuca, na última terça-feira (29), após cair em uma armadilha para roubar seu veículo Golf.

Amigo do empresário, Vanderlei falou que a esperança era encontrar Erlon com vida (Foto: Cleber Gellio)
Amigo do empresário, Vanderlei falou que a esperança era encontrar Erlon com vida (Foto: Cleber Gellio)
Desconhecidos, como Solange, foram ao velório como gesto de solidariedade (Foto: Cleber Gellio)
Desconhecidos, como Solange, foram ao velório como gesto de solidariedade (Foto: Cleber Gellio)
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