Condenado por estuprar alunas, professor é preso 11 anos após crimes
O acusado teve o direito de recorrer em liberdade e foi até o STF na tentativa de se livrar da punição
Condenado por estuprar alunas de 10 anos e o primo de uma delas, de 8, um professor de História, hoje com 32 anos, foi preso pelo GOI (Grupo de Operações e Investigações), em Campo Grande, 11 anos após os crimes. O acusado teve o direito de recorrer das sentenças em liberdade e foi até o STF (Supremo Tribunal Federal) para se livrar da punição, tendo a possibilidade de recursos esgotada no segundo semestre de 2020.
Por último, a Justiça de Mato Grosso do Sul negou pedido para que cumprisse pena em cela especial, conforme já noticiado pelo Campo Grande News, em 4 de maio deste ano. Os crimes aconteceram em Bandeirantes, mas nesta semana, ele foi localizado em casa na Vila Piratininga, na Capital. O professor foi levado para cela da Casa da Mulher Brasileira, para depois ser encaminhado a presídio, conforme divulgou a Polícia Civil nesta manhã.
As acusações que recaem contra o educador são cheias de contornos dramáticos. O processo destaca que uma das vítimas se suicidou em 2016, seis anos após os abusos.
Consta nos autos que em 2010, as crianças passaram a frequentar a casa do réu, à época com 21 anos, porque a mãe de uma das vítimas namorava o pai do professor. Numa das ocasiões, “enquanto as três crianças brincavam em uma casa de madeira ao lado da residência do acusado, este adentrou ao local, dizendo-lhes que ‘tinha uma coisa nova’ para lhes mostrar e perguntado a uma das meninas se ela ‘já tinha visto um pênis’”.
Ele mostrou o órgão genital para as crianças, tirou as roupas das garotinhas e as colocou deitadas de bruços de mãos dadas. Enquanto as meninas choravam, obrigou que o menino praticasse sexo oral nele até ejacular nas costas das vítimas deitadas. Numa outra ocasião, o homem estuprou as duas garotas no mesmo local.
O professor também foi pego com material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. O flagrante aconteceu em 2014. “Não fosse bastante, já no curso das investigações, em junho de 2014, em cumprimento ao mandado de busca e apreensão domiciliar expedido por esse juízo, foi possível apreender, na residência do denunciado, diversas mídias digitais e um notebook de propriedade do acusado, nas quais este armazenava fotografias e vídeos contendo cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes”.
O homem chegou a ser condenado, em março de 2019, a 45 anos e 10 meses de prisão por estuprar as alunas e o menino. Mas, com direito a recorrer em liberdade, o professor conseguiu o recálculo da pena. Ele terá de cumprir 14 anos e seis meses de reclusão.
Os nomes das vítimas e condenado não serão divulgados porque o processo tramitou em sigilo.