Condutores reclamam de mão única e tempo de semáforo após obras em rotatórias
Semáforos entraram em funcionamento na sexta, em fase experimental, e ainda causa estranheza por quem passa pelos trechos
Em fase de testes e avaliação de resolutividade, as mudanças nas rotatórias da Joaquim Murtinho/Ceará e Avenida Eduardo Elias Zahran ainda causam estranheza entre os motoristas. Alguns acham que há excesso de semáforos instalados e o tempo estimado para passagem ainda prejudica a fluidez no trânsito.
Os semáforos entraram em funcionamento, em caráter experimental, na sexta-feira (15). O diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), Janine de Lima Bruno, disse que ainda serão feitos ajustes na programação do semáforo, o que deve ser feito no decorrer dos dias, na observação do fluxo.
“Pode ter ponto que a gente altere o tempo, tire ou aumente segundos”, disse Janine. Segundo ele, há pelo menos oito planos diferentes de abertura e fechamento dos semáforos, que variam de acordo com fluxo, horário e dias.
Na avaliação dele, a fluidez no trânsito já “é fato notório”. Ao longo das vias, há várias empresas instaladas, como concessionárias e a escola estadual Hércules Maymone, o que provoca grande movimentação de pedestres. “Hoje tem faixa, semáforo e guia para cadeirante, foi uma obra para garantir segurança e dar fluidez”.
Tempo – o mototaxista Jailson Sales, 40 anos, trabalha em ponto na esquina do terminal e assistiu, de camarote, a execução da obra e, agora, as mudanças no trânsito. Na avaliação dele, “a obra organizou, mas não deu fluidez”, isso, por conta dos semáforos instalados, número excessivo na opinião dele e que obrigam o motorista parar depois de percorrer trechos curtos.
Sales acha que a obra seria completa se o terminal fosse retirado do local, em frente à escola estadual, e construído no bairro Tiradentes. “Resolveria o trânsito e problema de transporte”.
Thiago de Lima, 30 anos, também criticou o número de semáforos instalados nos dois trechos alterados. “Demoram demais”. Ele reclamou, ainda, da mudança do sentido de ruas transversais, que passaram a ser mão única. “Agora tenho que dar uma volta para entrar”.
O diretor-presidente da Agetran explicou que a mudança no sentido foi precedida de estudo, em que se verificaram problemas. Na Rua São Dimas, por exemplo, a via é estreita e muitos condutores pararam nos dois sentidos, reduzindo do fluxo. “Não é possível ter mão dupla numa rua dessas”, justificou.
Há quem considerou a obra positiva. A bancária Tatiane da Silva, 36 anos, trabalha perto do local e está acostumada a passar em horários de pico, enfrentando grande fluxo de trânsito. “Acho que melhorou bastante, principalmente, no horário comercial, era mais tumultuado”.
Outros dois entrevistados ainda estão avaliando as mudanças. O gerente comercial Márcio Custódio, 38 anos, disse que ainda é cedo para saber se deu certo, mas acredita que no horário em que passou já foi mais tumultuado. Odilson Lopes, 48 anos, lembra que a espera era sempre um problema nas rotatórias. “Espero que melhore”.