Construtor frauda Pix com aplicativo e vai preso por golpe de R$ 28 mil
A fraude eletrônica é releitura moderninha do tradicional “171”, crime de estelionato
O comprovante do Pix chega, mas o dinheiro não. Esse é, em resumo, o golpe que levou o construtor Henrique Borges Netto de Souza, 25 anos, à prisão em flagrante na tarde de quinta-feira (dia 13), em Campo Grande.
A 4ª Delegacia de Polícia Civil foi acionada pelo dono de depósito de materiais de construção, localizado no Bairro Rita Vieira. O homem relatou ter sofrido prejuízo de R$ 28.310, contabilizado desde fevereiro de 2023.
A última compra de materiais para a obra foi no valor de R$ 1.866, realizada em 12 de julho. O construtor, mais uma vez, encaminhou o comprovante, mas, dessa vez, o vendedor decidiu checar e viu que o valor não entrou na conta da empresa.
Na sequência, uma varredura nas compras mostrou que os pagamentos realizados nos últimos meses não “caíram”. Portanto, fraude eletrônica, releitura moderninha do tradicional “171”, número do artigo de estelionato no Código Penal.
Henrique foi preso no Bairro Mata do Jacinto, local da última entrega dos materiais de construção. Preso em flagrante, ele explicou como fazia a fraude.
O construtor disse que utilizava aplicativo no celular com a seguinte dinâmica: o primeiro passo era programar um Pix para conta bancária, depois, usando o aplicativo, editava o comprovante agendando, com alteração da data e valor. Conforme o Boletim de Ocorrência, o preso entregou o celular espontaneamente aos policiais.
Segundo o delegado Christian Mollinedo, o destinatário do valor recebia o documento em formato PDF, que é usualmente utilizado nos comprovantes das transações financeiras.
De acordo com a certidão de antecedentes criminais, Henrique é suspeito de furto qualificado. A reportagem apurou que ele levou cofre de escritório de advocacia, no Bairro Jardim dos Estados.