Consumo de carne podre pode causar de intoxicação até infecção e morte
Além de dura e com sabor ruim, carne vencida pode fazer mal à saúde, segundo nutricionista
Depois da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, nesta sexta-feira (17), muita gente está preocupada com os efeitos da carne podre no corpo humano. Quem consome o produto com prazo de validade adulterado pode, além de sentir um sabor bastante desagradável, ter sérios problemas de saúde.
Por natureza, a carne já é um produto com bactérias, e sua má conservação faz com que esses micro-organismos se multipliquem, o que pode causar desde uma intoxicação alimentar, até infecções e levar à morte.
De acordo com a nutricionista Caroline Kratz, um dos principais problemas relacionados a ingestão de carne contaminada é a infecção bacteriana. Que provoca febre, dor, diarreia e pode até matar, caso o paciente esteja vulnerável, com o sistema imunológico sensível.
Outro risco está nas toxinas liberadas por carnes estragadas. Neste caso, é possível que colônias de micro-organismos, como coliformes fecais, tenham produzido substâncias que provocam enjoo, vômito e diarreia.
Segundo a nutricionista, diferente das bactérias, as toxinas não são eliminadas quando expostas a altas temperaturas, e acabam permanecendo nos alimentos, mesmo depois de cozidos e acabam liberados no corpo de quem os consome.
Os riscos são mais graves para crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade. “Essas toxinas não causam apenas vômito, diarreia, são muito nocivas para organismo, então é preciso tomar cuidado”, diz.
Dicas - Pode parecer clichê, mas a principal recomendação da nutricionista é que as pessoas observem o aspecto dos alimentos que irão consumir, prestando atenção em características básicas:
- Coloração: é preciso estar com um vermelho vivo e não escurecida;
- Cheiro: natural de carne e não forte, comprar o mais fresca possível;
- Textura: verificar a viscosidade, se estiver com aquele espécie de gel, significa que há presença de bactérias.
Ainda conforme a nutricionista, a melhor opção é comprar carne fresca e não embalada. “Quanto mais in natura melhor, sempre vai haver uma leve contaminação, mas, para isso nosso organismo tem defesa. Há um problema quando esses micro-organismos se multiplicam, mais isso só acontece em casos de armazenamento inadequado”, explica.
A nutricionista pontua ainda que não há motivos para pânico, na maioria dos casos, o próprio organismo irá eliminar as bactérias e demais micro-organismos que possam vir a constar nos alimentos e que as substâncias químicas utilizadas como conservantes da carne, por exemplo, só serão prejudiciais ao ser humano se consumidas em excesso.