Contra assédio e demissões, bancários protestam em agência da Zahran
Por causa da ação, a abertura do banco foi atrasada em uma hora. O autoatendimento funcionou normalmente
No Dia Nacional de Luta contra o assédio moral e demissões, os funcionários do Banco Itaú protestaram nesta quarta-feira (15) na agência da Avenida Eduardo Elias Zahran, em Campo Grande. Por causa da ação, a abertura do banco foi atrasada em uma hora. O autoatendimento funcionou normalmente.
Segundo o secretário de comunicação do Sindicato dos Bancários da Capital, Vicente Cléber Aires Rodrigues, a mobilização é nacional. “São muitas reclamações de assédio moral por parte dos gestores”, disse.
A presidente do sindicato, Neide Rodrigues, relatou que o número de demissões nas agências tem sido muito grande e os funcionários estão com medo. “Em algumas unidades, quem não é demitido acaba pedindo demissão por conta da pressão excessiva e do assédio moral”, reclamou.
O protesto foi para chamar a atenção do banco e parar com as demissões e o assédio moral. Conforme o sindicato, em menos de um ano, sete funcionários foram demitidos em apenas uma agência. Em todo Brasil, as demissões também são alarmantes. “As metas cada vez maiores, demissões, muitos estão adoecendo. Todo mundo precisa trabalhar, mas tem que ser em um ambiente saudável e seguro”, destacou a sindicalista Patrícia Soares.
Ainda de acordo com o sindicato, o banco tem adotado também o fechamento de dezenas de agências bancárias em várias regiões do País, causando preocupações aos funcionários e transtornos aos clientes. “Essa situação é ruim para o cliente, porque cada vez que ele entra na agência a sua conta está com funcionário diferente. Isso gera insatisfação, insegurança”, lamentou Neide.
Em 2022, o lucro da instituição ultrapassou R$ 30 bilhões, crescimento de 14,5% em doze meses, conforme o sindicato. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Banco Itaú e aguarda retorno.