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Capital

Cortando despesas, prefeitura reduziu deficit nas contas em R$ 20 milhões

Prefeito Marquinhos Trad voltou a falar de dificuldades financeiras em agenda pública

Anahi Zurutuza e Mayara Bueno | 28/08/2017 13:08
Marquinhos Trad discursando (Foto: João Paulo Gonçalves/Arquivo)
Marquinhos Trad discursando (Foto: João Paulo Gonçalves/Arquivo)

Com os cortes feitos na folha de pagamento dos 23 mil servidores e em outras despesas, a Prefeitura de Campo Grande conseguiu abater R$ 20 milhões do deficit mensal nas finanças. No início do ano, faltavam ao menos R$ 34 milhões por mês para que a administração não ficasse no vermelho, hoje de R$ 12 a R$ 14 milhões, segundo Marquinhos Trad (PSD).

O prefeito falou sobre as dificuldades financeiras no discurso durante a abertura de seminário na Semed (Secretaria Municipal de Educação) na manhã desta segunda-feira (28), quando pediu compreensão, paciência e parceria dos servidores presentes para que ele possa “arrumar a casa”.

O chefe do Executivo municipal voltou a dizer que a prefeitura espera melhora na arrecadação. “Houve aumento de despesa e a receita diminuiu. Os repasses cada vez menores”, disse, ressaltando que a previsão é que no próximo ano, por exemplo, cheguem aos cofres do município R$ 56 milhões a menos de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços).

Marquinhos lembrou que ainda negocia com o Governo de Mato Grosso do Sul a revisão do índice usado no cálculo para a repartição da receita do ICMS.

Para 2018, a previsão é de 18%, enquanto este ano é de 21%. Se comparado com anos anteriores, a fatia que virá para os cofres da Capital só supera o percentual que foi depositado em 1989, que foi de 15%. Ou seja, caso confirmado, Campo Grande receberá o menor índice de ICMS em 28 anos (de 1990 a 2018).

“Não é possível que Campo Grande esteja no mesmo patamar 1989. A não ser que tenha caído uma bomba atômica e dizimado 300 mil pessoas”, enfatizou Marquinhos, fazendo referência ao aumento populacional e por consequência a maior necessidade de investimentos e também de acréscimo natural nas despesas com os serviços públicos.

O prefeito deixou claro que conseguiu a economia de R$ 20 milhões nas despesas “sem cortar salário”. 

Em maio, a prefeitura cortou um terço de gratificações e privilégios pagos aos 23 mil funcionários públicos municipais, com expectativa de economizar ao menos R$ 4 milhões mensais. A expectativa era que em seis meses as finanças estariam reequilibradas.

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