Crescem o número de casos de crianças com sífilis em Campo Grande
Boletim epidemiológico indica aumento dos registros em bebês de até um ano
Os casos de crianças com menos de 1 ano contaminadas com sífilis congênita, doença sexualmente transmissível, aumentaram em 2016. É o que afirma a Sesau (Secretaria municipal de saúde), que divulgou, nesta quarta-feira (20), o primeiro boletim epidemiológico de 2017. Em 2016, segundo a secretaria, 114 casos foram notificados.
Conforme a secretaria, os índices de 2016 representam uma taxa de incidência de 8,47 a cada 1 mil crianças nascidas vivas, "acima da média nacional comparado ao ano de 2013 que foi de 4,7 casos por 1 mil nascidos vivos".
"Fato preocupante pelo comportamento progressivo da doença e pela necessidade do longo seguimento dos casos pelos serviços de referencia devido às possíveis sequelas decorrentes da ausência e/ou tratamento inadequados das gestantes com sífilis", opina a Sesau, no boletim.
Outras doenças - Os casos são registrados junto ao Serviço de Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis. Em 2016 também foram registrados 44 casos de crianças, menores de 5 anos, expostas ao vírus HIV, o vírus da Aids. A Sesau foi notificada com 1 caso de criança com HIV.
Já com relação aos casos de Hepatite Viral, foram 27 casos em 2016 relacionados à Hepatite B e 49 de Hepatite C. "Por ser uma doença silenciosa, constituem um enorme desafio à saúde pública, como consequências, sua forma aguda grave ou, principalmente, pelas complicações das formas descompensadas crônicas ou por hepatocarcinoma", comentou a Secretaria.