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Capital

Cuidador diz que deu água e remédio antes de cadeirante morrer por espancamento

Luiz Fernando, que confessou o crime, vai passar por audiência de custódia na Justiça ainda nesta manhã

Por Viviane Oliveira | 16/10/2024 08:50
Muita sujeira foi encontrada no terreno da casa com um cômodo (Foto: reprodução / auto de prisão em flagrante)
Muita sujeira foi encontrada no terreno da casa com um cômodo (Foto: reprodução / auto de prisão em flagrante)

O cuidador Luiz Fernando Chaves de Oliveira, de 33 anos, preso em flagrante por espancar o cadeirante José Roberto de Carvalho, de 59 anos, até a morte, disse em depoimento à polícia que antes de a vítima morrer ainda lhe deu água, comida, remédio e a colocou para dormir.

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Luiz Fernando Chaves de Oliveira, de 33 anos, foi preso por espancar até a morte o cadeirante José Roberto de Carvalho, de 59 anos, em Campo Grande. O autor alegou que agiu em defesa própria após uma suposta tentativa de estupro, embora tenha confessado o homicídio após tentar incriminar outros. A residência onde ocorreram os fatos estava em péssimas condições, e a vítima foi encontrada morta sobre um colchão. Luiz Fernando, que já tinha antecedentes criminais, aguardava audiência de custódia para determinar sua situação legal.

José Roberto foi encontrado morto na manhã da última segunda-feira (14), na casa onde vivia com o autor, na Rua Joaquim Lacerda, no Bairro Parque dos Laranjais, região do Conjunto José Abrão, em Campo Grande. O autor afirmou que agiu para se defender de tentativa de estupro. Ele é usuário de drogas e cuidava da vítima em troca de dividir as despesas da casa.

Conforme o auto de prisão de flagrante, Luiz Fernando contou que na noite de sábado (12) levou dois homens para beberem e se relacionarem intimamente, mas a vítima ficou com ciúmes da situação. Após os convidados irem embora, ele dormiu e acordou no domingo de manhã com o cadeirante tentando o violentar sexualmente.

O cadeirante foi encontrado morto sobre um colchão, coberto por lençol, na manhã da última segunda-feira (Foto: reprodução / auto de prisão flagrante)
O cadeirante foi encontrado morto sobre um colchão, coberto por lençol, na manhã da última segunda-feira (Foto: reprodução / auto de prisão flagrante)

Foi neste momento que passou a agredir José Roberto com vários socos no rosto e chutes pelo corpo. Ele alegou, ainda, que após o fato, arrastou a vítima de volta para o colchão, lhe deu comida, água, remédio e a colocou para dormir. Na noite de domingo, notou que o cadeirante estava gemendo e com dificuldade de respirar, então tentou fazer massagem cardíaca, mas sem sucesso.

Ao procurar a delegacia para relatar a morte de José Roberto, o cuidador tentou incriminar as outras duas pessoas para se livrar do crime, mas entrou em contradição e acabou confessando o homicídio. A vítima usava uma cadeira de rodas para se locomover.

Segundo a polícia, a residência, de um cômodo, estava em péssimo estado de conservação, com lixo entulhado tanto do lado de fora quanto do lado de dentro. O cadeirante foi encontrado morto sobre um colchão, coberto por lençol. A provável causa da morte foi traumatismo craniano em razão de pancada no rosto.

Luiz Fernando passará por audiência de custódia na Justiça ainda nesta manhã, para definir se ficará preso e posterior processo ou se poderá responder em liberdade. Ele tem diversas passagens pela polícia por ameaça, furto, perturbação do sossego e, em 2014, já foi condenado por tráfico de drogas. José Roberto não era fichado.

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