Cunhado confessa que levou corpo de Marielly até canavial
Depois de uma semana preso, o cunhado da estudante Marielly Barbosa confessou à Polícia que intermediou o aborto que matou a garota e também que levou o corpo da jovem até o local onde foi encontrado, em Sidrolândia.
Segundo novo depoimento de Hugleice da Silva, ele disse que ficou esperando pela cunhada do lado de fora da casa do técnico em enfermagem Jodimar Ximenes, enquanto Marielly era submetida ao aborto.
Depois de alguns minutos, Jodimar foi até Hugleice e contou que o procedimento havia dado errado e que a estudante morreu durante a intervenção.
O cunhado diz que então colocou a caminhonete dele dentro da garagem da casa e foi com Jodimar até o canavial, na saída da cidade, onde os dois deixaram o corpo, no dia 21 de maio. A jovem foi encontrada só em 11 de junho.
Durante todo esse tempo, Hugleice negou qualquer participação no desaparecimento da cunhada, de 19 anos.
Hugleice também confessou que sabia da gravidez há, pelo menos, um mês. As mentiras do rapaz durante as investigações e o fato dele ter intermediado a contratação de Jodimar para o aborto, reforçam a tese de que ele era o pai do bebê que Marielly esperava.
A Polícia ainda não fez a perícia na caminhonete L200 que pertence a Hugleice para encontrar resquícios de sangue e também nas macas encontradas na casa de Jodimar, onde também funciona centro de estética. O trabalho deveria ter começado ontem, mas a Polícia não explicou porque ainda não foi feito.
Hugleice deve ser indiciado por ocultação de cadáver. Até agora ele só era acusado de participação em crime de aborto.
Jodimar continua negando participação no crime.