Defensoria investiga se houve violação dos direitos em operação policial
No fim da tarde desta terça-feira (6), defensores públicos foram ao local alvo da Operação “Abre-te Sésamo”
Defensores públicos estiveram no complexo de apartamentos conhecidos como “Carandiru”, no final da tarde desta terça-feira (6), para conversar com moradores e investigar se houve excesso por parte da Polícia Civil, durante a Operação “Abre-te Sésamo”, realizada no início da manhã de hoje.
Thaísa Raquel Defante, coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos, e Daniel Callems, coordenador do Núcleo Criminal, afirmaram que no local existem crianças e idosos e que a situação toda “aparentemente é de uma violação”.
“Aparentemente não houve uma destinação específica para buscar algum outro suspeito, eles entraram em todos os locais. A gente acessou todos os quartos, em todos eles teve algum tipo de atuação”, disse o defensor.
Ainda afirmaram que receberam imagem de portas e vidros quebrados, além de crianças assustadas. "Eu entrei num quarto agora, a criança completamente assustada. Criança de 5, 6 anos", relatou a defensora.
Moradores que preferem não se identificar acusam policiais de terem agido com truculência em todos os imóveis.
Após a visita, a Defensoria Pública vai pedir acesso ao processo e solicitar oitivas com testemunhas e pessoas presas, para saber se algum direito foi violado.
Além disso, os defensores questionaram o corte de luz realizado pela Energisa, deixando todos os ocupantes do complexo sem acesso à energia.
Em nota, a concessionária Energisa afirmou que fez o corte após ser notificada pelo Corpo de Bombeiros, por questões de segurança no local. Não informou quando a energia será retomada no condomínio.
Já a Polícia Civil, durante coletiva, destacou que houve 46 mandados de busca e apreensão, resultando na prisão e apreensão de 13 pessoas, pois um adolescente está entre os envolvidos.
“Não existe local onde a Polícia Civil não entre”, disse o diretor do Departamento de Polícia Civil de Campo Grande, Wellington de Oliveira, presente na coletiva. Ele destacou que não foi preciso usar força policial excessiva ou haver troca de tiros e que, apesar do avanço, a operação foi pacífica. “Foi uma ação calma e sem tiros”. Não houve fuga ou resistência.
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