Defesa Civil confirma queixas, mas afasta desabamento na Homex
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que foi instaurada para apurar irregularidades em obras da Homex, ouviu hoje (3) representantes do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Campo Grande) e da Defesa Civil. Mas o presidente do Sinduscon (Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul), Amarildo Miranda Melo, não compareceu e será reconvocado para o dia 11.
O major Luidson Borges Tenório Noleto, coordenador de Proteção e Defesa Civil de Campo Grande, relatou que várias reclamações foram feitas pelos moradores, mas não constatou risco de desabamento nas obras. “Identificamos, e consta em relatórios com fotografias, problemas de rachaduras, infiltrações e fissuras no piso”.
Segundo assessoria de imprensa, os moradores que foram ouvidos, criticaram as residências entregues, como rachaduras, desníveis de piso, banheiros entupidos. Além das reclamações de mais de 800 trabalhadores. “São mais de 100 reclamações trabalhistas, todas ainda sem solução”, comenta Elizeu Pacheco, que representou o presidente do Sintracon, José Abelha Neto.
O vereador, Carlos Augusto Borges, relator da CPI, afirma que o presidente da Sinduscon não justificou a ausência. “Não estamos brincando. O povo foi lesado, enganado, e esse sindicato tem que responder algumas perguntas que o povo quer saber”.
No dia 11 de dezembro a CPI, que é composta pelos vereadores Alceu Bueno (presidente), Carlão (relator), Vanderlei Cabeludo, Ayrton de Araújo do PT e Otávio Trad, irá ouvir o presidente do Sinduscom, além do CREA-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul) e representantes de empresas contratadas pela Homex, que estão sem receber.