Delegado decide adotar "tolerância zero" contra os pichadores na Capital
Na tentativa de intimidar vândalos que costumam pichar prédios, monumentos e construções pelas ruas de Campo Grande, o delegado titular da 7ª Delegacia de Polícia, Valmir de Moura Fé, passou a adotar Tolerância Zero para o crime, que agora pode ser acarretada também a pena de formação de quadrilha.
Em 2013, foram aproximadamente 70 pessoas detidas pelo crime de pichação. A Polícia Militar registrou 26 ocorrências, das quais conseguiu flagrante de 19, sendo a maioria de adolescentes. Já a Guarda Municipal apreendeu 38 adolescentes e 13 maiores de idade.
Segundo o delegado, o primeiro passo para combater o crime é orientar a população a denunciar a ação de pichadores e registrar os casos nas delegacias. “Os boletins de ocorrências ajudam a polícia a identificar as regiões da cidade com maior índice de pichação”, destaca Moura Fé.
A partir dos dados dos boletins, a Polícia Civil irá buscar os endereços com maior número de denúncias e começar a traçar um perfil dos pichadores, inclusive das assinaturas deles.
De acordo com dados da Polícia, a região mais atacada de Campo Grande é área central e nas mediações da Orla Morena, entre os bairros Cabreúva e Planalto. Porém, segundo Moura Fé, no entorno do bairro Santo Amaro o número de ocorrências de pichações aumento no ano passado. “Vamos estancar isso”, garante o delegado.
“Já temos bastantes informações e vamos atrás dos acusados, não vamos admitir pichações, que deixem a cidade suja, por isso é tolerância zero, e, se for o caso, enquadramos em formação de quadrilha”, ressalta o delegado Moura Fé.
Ainda conforme o titular da 7ª Delegacia, o serviço de reservado da Polícia Civil fez um levantamento do perfil dos pichadores e está monitorando a ação deles. Os casos serão encaminhados ao poder judiciário.
A pena pelo crime de pichação é de 3 meses a 1 ano de prisão, mas, segundo o delegado, geralmente os autores pagam com pena alternativa. Já o de formação de quadrilha varia de 1 a 3 anos.