Dengue mata mais um, e estado fecha ano com 17 óbitos pela doença
A SES (Secretaria Estadual de Saúde) confirmou que a dengue foi a causa da morte de uma moradora de Douradina, a 196 quilômetros de Campo Grande. Com isso, sobe para 17 o número de óbitos em decorrência da doença no estado. Os dados constam no relatório sobre a doença divulgado nesta quarta-feira (6) pelo órgão.
Dourados empata com a Capital com três mortes por dengue, cada. Corumbá, Coxim, Juti, Itaporã, Paranhos, Sonora, Três Lagoas, Maracaju e Miranda tiveram uma morte, cada. Existem ainda óbitos sob investigação em Caarapó e Ponta Porã.
O levantamento é referente à última semana de 2015 e primeiros dias de 2016 (entre 27 de dezembro e 2 de janeiro). Nesse período foram registrados 746 novos casos suspeitos de dengue no estado. Houve queda de 49,11% na quantidade de notificações em relação à semana anterior, que teve 1.466 novos casos.
Mato Grosso do Sul fechou 2015 com 44.523 casos suspeitos de infecção pelo vírus, perdendo apenas para 2010 e 2013, que registraram 85.597 e 102.026 casos da doença, respectivamente.
Campo Grande fechou o ano com 12.955 notificações da doença. Como o relatório completo do período entre 20 e 26 de dezembro não foi divulgado pela secretaria, não há como estimar o aumento na quantidade de casos. Em relação à semana anterior, houve aumento de 23,76%, o que corresponde a 2.448 casos novos.
Para o infectologista Maurício Pompilho, o interior deve ter puxado a redução na quantidade geral de notificações, já que pelo observado na Capital, a epidemia continua sendo uma preocupação.
Um dos motivos, segundo ele, é que nas cidades com menores quantidades de habitantes, a maioria da população já foi exposta ao vírus, o que faz cair a quantidade de novos casos.
“Ainda não dá para falar que a doença está sob controle. Em Campo Grande há muitos casos ainda. Para cada sequência de chuva há novos insetos liberados e novas infecções. Acredito que enquanto durar esse período de chuva, em janeiro e fevereiro, haverá muitos casos de dengue na cidade. A expectativa de controle da epidemia é de março para frente, pelo menos é com essa realidade que estamos trabalhando”, afirma o médico.