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Denúncias de indígenas não serão "letra morta", garante Ministério das Mulheres

Indígenas das etnias kadiwéu, terena e kinikinau trouxeram relatos sobre violência e feminicídio

Mylena Fraiha | 30/06/2023 15:20
Denúncias de indígenas não serão "letra morta", garante Ministério das Mulheres
Mulheres indígenas de MS participam de reunião com Ministério das Mulheres em auditório do MIS, na Capital (Foto: Divulgação)

Na manhã de sexta-feira (30), lideranças indígenas das etnias kadiwéu, terena e kinikinau se reuniram com as representantes do Ministério das Mulheres, a subsecretária de Estado de Políticas Públicas para Mulheres, Cristiane Sant Anna, e a coordenadora-geral de Prevenção à Violência Contra a Mulher do Ministério, Pagu Rodrigues. O encontro ocorreu em Campo Grande, na sede do MIS (Museu da Imagem e do Som).

A proposta central do encontro foi promover um balanço da Escuta Qualificada junto às mulheres indígenas, com foco no enfrentamento ao feminicídio. A reunião faz parte de uma série de visitas que as subsecretarias realizaram em aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul.

De acordo com a representante do Cimi-MS (Conselho Indigenista Missionário de Mato Grosso do Sul), Lídia Farias, as escutas revelaram inúmeras violências sofridas pelas mulheres indígenas do Estado.

“Ficou explícito que existem as violência domésticas e sexuais sofridas pelas mulheres e meninas indígenas, mas existem muito mais violações de direitos humanos e indígenas que corroboram massivamente para o aumento do número de casos de violências no interior das aldeias”, comenta Lídia.

Lídia também comentou que espera medidas concretas após a visitas e escuta especializada realizada por Pagu e Cristiane. "Acho que é importante dizer também que o Ministério das Mulheres fez o compromisso com as mulheres indígenas, que as palavras ouvidas ali não seriam "letra morta" que com certeza irão gerar efeito neste governo".

Visitas - A primeira visita feita pelas representantes do Ministério das Mulheres ocorreu em Ponta Porã e Jateí, na quarta-feira (28). Na manhã de ontem (29), Cristiane e Pagu estiveram na reserva indígena de Amambai, em reunião ocorrida na Escola Estadual da Reserva Indígena Amambai. No período da tarde, ambas participaram de encontro em Dourados, a 233 km da Capital, na sede do MPF (Ministério Público Federal).

Em Dourados, a membra da Kuñangue Aty Guasu, Grande Assembleia de Mulheres Kaiowá e Guarani, Jaqueline Kuña Aranduhá, esteve presente na reunião e fez alguns relatos. “Hoje a nossa organização lançou um relatório, no qual denunciamos muitas das violências em nossos territórios contra as mulheres indígenas. Ele foi entregue a Pagu Rodrigues, coordenadora-geral da violência contra as mulheres indígenas do Ministério das Mulheres”.

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