Depois de 1 ano e 3 meses, Justiça libera Olarte e Andreia da tornozeleira
Um ano e três meses depois que passaram a ser monitorados por meio de tornozeleira eletrônica, o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, e a mulher dele, Adreia Olarte, foram autorizados pela Justiça a retirar o equipamento. A decisão é desta quarta-feira (13) e do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande.
Assim que notificado por oficial de Justiça, o casal tem 24 horas para comparecer ao Patronato Penitenciário, unidade administrada pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) para entregar as tornozeleiras.
O magistrado levou em consideração o princípio da presunção da inocência – todos são inocentes até que se prove o contrário e que sejam condenados – e o longo período do monitoramento para “libertar” o casal.
“Os réus vêm cumprindo, tal como já informado acima, corretamente as diversas medidas cautelares que lhes foram impostas desde 27/09/2016, entre elas, justamente, a de monitoramento eletrônico”, justificou Ferreira Filho.
Pecúnia – Alvos da Operação Pecúnia, Andreia, o marido, o empresário Evandro Farinelli e o corretor de imóveis Ivamil Rodrigues de Almeida foram presos no dia 15 de agosto de 2016.
A investigação começou após dados obtidos com a quebra de sigilo bancário da ex-primeira-dama, assim como de sua empresa (Casa da Esteticista), apontarem que ela teria adquirido vários imóveis na Capital, na época em que o marido era prefeito – de março de 2014 a agosto de 2015.
A força-tarefa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) apurou os crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa.
O casal comprou ao menos dez imóveis em um ano e começou a construção de casa orçada em R$ 1,3 milhão no residencial Damha 2, em Campo Grande, apontou a apuração.
Foi o próprio juiz Roberto Ferreira Filho que determinou no dia 27 de setembro do ano passado a soltura de Olarte e Adreia, substituindo as prisões preventivas por medidas cautelares.
O ex-prefeito já foi alvo de outras duas operações – Adna e Coffee Break. Contra ele, contudo, pesa apenas uma condenação. Pelo “golpe do cheque em branco”, apurado pela Adna, ele foi sentenciado pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) a 8 anos de prisão, mas recorre em liberdade.