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Capital

Justiça impõe tornozeleira e fiança de R$ 30 mil para soltar casal Olarte

Gilmar e Andreia serão monitorados por tornozeleira eletrônica, conforme decisão da 1ª Vara Criminal de Campo Grande

Christiane Reis e Guilherme Henri | 27/09/2016 14:18
O casal foi preso no dia 15 de agosto. (Foto: Fernando Antunes)
O casal foi preso no dia 15 de agosto. (Foto: Fernando Antunes)

O juiz da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, Roberto Ferreira Filho, mandou nesta terça-feira (27) soltar o ex-vice prefeito Gilmar Olarte e a esposa dele, Andreia Olarte, presos desde o dia 15 de agosto em decorrência da Operação Pecúnia, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), braço do MPE (Ministério Público Estadual).

Em sua decisão, o juiz justifica que “a esta altura e, já com denúncia oferecida e em vias de ser apreciada por este juízo; com investigação já encerrada; com o requerente Gilmar já definitivamente afastado, por sua renúncia do cargo de prefeito municipal (diminuindo, ao menos em tese, seu eventual poder de capacidade de “articulação”) e com as diversas cautelares que lhe são impostas, a manutenção das prisões preventivas não mais se justificam”.

Segundo informações da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Gilmar Olarte ainda está no Presídio Militar e a esposa dele Andreia Olarte no presídio feminino da Capital. Os advogados do casal não atenderam as ligações.

Na decisão, o magistrado estipula fiança de 17 salários mínimos para cada, ou seja, R$ 14.960. Além disso, também manda que eles entreguem os passaportes; não mantenham contatos com outros denunciados ou testemunhas de acusação; e restringe os horários de saída da residência, já que deverão ser monitorados por tornozeleira eletrônica.

A Justiça também mandou soltar Ivamil Rodrigues de Almeida, o corretor que ajudou o casal Olarte na compra de ao menos dez imóveis no período que o pastor ficou à frente da Prefeitura de Campo Grande e o empresário Evandro Simões Farinelli. Ontem, o juiz da 1ª Vara Criminal, Roberto Ferreira Filho, determinou a liberdade e aplicou medidas cautelares.

O caso - Alvos da Operação Pecúnia, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), o ex-prefeito Gilmar Olarte e a mulher dele, Andreia, o empresário Evandro Farinelli, que seria o “laranja” do casal, e Ivamil, o corretor de imóveisque segundo a acusação ajudou o pastor e a esposa nas compras fraudulentas, foram presos no dia 15 de agosto.
A investigação começou após dados obtidos com a quebra de sigilo bancário da ex-primeira-dama, assim como de sua empresa (Casa da Esteticista).

Além de comprarem imóveis usando o nome de “laranjas”, Gilmar e Andreia os registravam com valores até 15 vezes abaixo que o de mercado. Os valores reais investidos eram completamente incompatíveis com a renda declarada do casal, evidências claras que o pastor evangélico e a esposa fizeram verdadeira “farra” do o dinheiro público, enquanto ele estava no comando do município, segundo a denúncia do Gaeco.

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