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Capital

Liberdade de casal Olarte depende de juiz ‘sigiloso’ ou de ex-presidente do STF

Ação contra casal agora tramita na 1ª instância, mas em segredo de Justiça

Anahi Zurutuza | 20/09/2016 19:46
Andreia e Olarte quando foram presos no dia 15 de agosto (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Andreia e Olarte quando foram presos no dia 15 de agosto (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

Presos há 35 dias, Gilmar e Andreia Olarte dependem de decisão do juiz da 1ª instância que assumiu a ação contra o casal, derivada da Operação Pecúnia, ou do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski.

O processo, que tramita na Justiça estadual, caiu de instância na sexta-feira passada (16), oito dias depois que Olarte renunciou aos cargos de prefeito e vice-prefeito de Campo Grande e perdeu o foro privilegiado. A ação, que antes estava nas mãos do desembargador Luiz Claudio Bonassini, agora corre em sigilo, conforme o advogado do casal, Jail Benites de Azambuja.

O segredo de justiça foi pedido, segundo a defesa, porque nos autos foram anexados detalhes da movimentação bancária de Gilmar e Andreia. “Eles têm o direito de ter estes dados preservados, afinal ainda são investigados, não foram condenados”, explicou o defensor.

Por conta disso, até o nome do juiz responsável agora por julgar um dos pedidos de liberdade feitos pela defesa do casal, por enquanto, é um “mistério”.

Ministro que julgará liberdade de Olarte (Foto: José Cruz/ Agência Brasil)
Ministro que julgará liberdade de Olarte (Foto: José Cruz/ Agência Brasil)

Pecúnia - Andreia, o marido, o empresário Evandro Farinelli e o corretor de imóveis Ivamil Rodrigues de Almeida foram presos no dia 15 de agosto. A investigação começou após dados obtidos com a quebra de sigilo bancário da ex-primeira-dama, assim como de sua empresa (Casa da Esteticista), apontarem que ela teria adquirido vários imóveis na Capital, na época em que o marido era prefeito – de março de 2014 a agosto de 2015. A Operação Pecúnia apurou os crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa.

O casal comprou ao menos dez imóveis em um ano e começou a construção de casa orçada em R$ 1,3 milhão no residencial Damha 2, em Campo Grande, aponta o Gaeco.

Para que o ex-prefeito, a ex-primeira-dama e as outras três pessoas virem réus, a Justiça ainda precisa aceitar a denúncia.

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