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Capital

Preso há 25 dias, casal Olarte ainda espera STF analisar pedido de liberdade

Pedido de habeas corpus está nas mãos da ministra Carmem Lúcia

Anahi Zurutuza | 10/09/2016 18:32
Gilmar Olarte depois de prestar depoimento no Gaeco no dia 17 de agosto (Foto: Alcides Neto
Gilmar Olarte depois de prestar depoimento no Gaeco no dia 17 de agosto (Foto: Alcides Neto

O ex-prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte (Pros) e a mulher dele Andreia Zanelato Olarte ainda esperam que o STF (Supremo Tribunal Federal) decida se eles vão responder por lavagem de dinheiro, ocultação de bens, associação criminosa e falsidade ideológica em liberdade ou não. O casal está preso desde o dia 15 de agosto.

O pedido foi feito pela defesa de Gilmar e Andreia no dia 5 de setembro, depois que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou a liberdade para o casal por duas vezes, e está nas mãos da ministra Carmem Lúcia.

Enquanto isso, o ex-prefeito ocupa cela do Presídio Militar de Campo Grande, localizado ao lado do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima. Já a ex-primeira-dama divide carceragem com outras presas do Presídio Feminino Irmã Irma Zorzi, também na Capital.

A defesa esperava que até esta sexta-feira (9), a ministra Carmem Lúcia tomasse uma decisão e embora o ex-prefeito tenha renunciado ao cargo, nada mudou na argumentação apresentada ao STF há cinco dias, segundo o advogado João Carlos Veiga Junior.

João Carlos Veiga Junior, advogado do casal (Foto: Christiane Reis/Arquivo)
João Carlos Veiga Junior, advogado do casal (Foto: Christiane Reis/Arquivo)

Nova estratégia – Embora a renúncia de Olarte faça parte da mudança de manobra da defesa do casal diante da dificuldade de libertá-los, nenhum novo pedido de habeas corpus foi apresentado à Justiça estadual. “Vamos aguardar os processos serem remetidos ao Fórum para tomar as providencias cabíveis”, disse Veiga Junior sem dar mais detalhes.

A estratégica renúncia, entretanto, não livrou o ex-prefeito de um processo no TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul): a denúncia da Operação Adna. O procedimento vai continuar com o desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, que indeferiu o pedido da defesa para que a ação fosse remetida à primeira instância.

Os processos da Operação Coffee Break e Pecúnia serão redistribuídos.

A primeira operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) contra Olarte, realizada em 2014, investigou articulações de pessoas ligadas a igreja do pastor e ex-prefeito para um suposto esquema que teria levantado dinheiro com agiotas mediante promessa de cargos na Prefeitura de Campo Grande. Os recursos teriam sido usados na campanha de Gilmar para vice-prefeito na chapa de Alcides Bernal (PP), em 2012.

A Coffee Break investiga a união de Olarte com o empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco Construções, para tramar a cassação de Bernal e “comprar” votos dos vereadores a favor da deposição do prefeito eleito.

Após a Pecúnia, o MPE (Ministério Público Estadual) denunciou o pastor e a mulher por comprarem imóveis com dinheiro supostamente desviado dos cofres municipais, no período que Olarte comandou Executivo.

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