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Capital

Depois de 12 mortes de gestantes em 2021, vacinação é esperança de queda

Lucia Morel e Tainá Jara | 04/05/2021 16:26
Gestante recebendo dose da Pfizer esta tarde no Guanandizão. (Foto: Paulo Francis)
Gestante recebendo dose da Pfizer esta tarde no Guanandizão. (Foto: Paulo Francis)

Reduzir a mortalidade materna por covid-19 é o que se espera com a vacinação desse público, que nesta terça-feira está recebendo a primeira dose da vacina Pfizer. Gestantes e mães que ganharam bebês nos últimos 45 dias estão sendo contempladas.

Uma delas, que inclusive teve a doença durante a gestação, Lidiany Florentino, de 23 anos diz que teve seu bebê há três meses e viveu um período muito tenso enquanto esteve grávida e infectada. “Eu fiquei muito preocupada com o bebê. Graças a Deus tive apenas sintomas leves”, contou.

Ela comentou ainda que os cuidados se mantém, mesmo com o neném nos braços, e evita sair bem como receber visitas. O mesmo faz a jovem Giovana Souza correa, 18 anos, que ainda nem pariu, mas já passa mais tempo em casa e cheia de álcool em gel.

Ela e o marido, Pedro Henrique Galvão, de 22 anos, ainda não pegaram covid-19 e contaram que a gravidez tem sido bem tensa por causa da pandemia e que evitam ao máximo sair de casa. “É um alívio tomar a vacina. Era um dia muito esperado”, afirma a gestante.

Para o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, que acompanhou a vacinação com a Pfizer no Guanandizão esta tarde, essa etapa da imunização é muito importante para reduzir a morte por covid de mulheres grávidas ou puérperas.

Ele lembrou que mais de 10 grávidas já faleceram da doença em MS e percebe aumento da incidência e óbitos entre elas com a variante P1. “Nos primeiros quatro meses de 2021, mais de 10 mulheres gestantes ou puérperas morreram”, lamentou emocionado, já que é médico obstetra.

Resende disse ainda que entre os anos de 2009 e 2020, Mato Grosso do Sul havia conseguido reduzir os números de mortalidade materna, que aumentaram com a covid-19. Entre março de 2020 e agora, 14 gestantes morreram vítimas do novo coronavírus, segundo a SES (Secretaria de Estado de Saúde), apenas duas delas no ano passado.

O prefeito Marcos Trad (PSD) comentou que a vacinação desse público é que trará “tranquilidade e segurança para que as mulheres possam gerar seus filhos sadios e saudáveis”, pontuou.

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