Derrapada jurídica adia para abril júri de "Ladrão de Almas" e de mais 2 do PCC
Trio teve o interrogatório de hoje deletado por conta de erro e agora, serão julgados somente em abril
Adson Vitor da Silva Farias, o “Ladrão de Almas”, assim como Eliezer Nunes Romeiro, o “Maldade”, e Rafael Aquino de Queiroz, o “Professor”, acusados de assassinarem o “Alemãozinho”, em dezembro de 2019, como punição por ter dito ser de facção rival, tiveram o julgamento nesta quarta-feira (9), adiado para 13 abril. O motivo foi um erro, por conta do depoimento de outro réu, Eder de Barros Vieira, cujo processo foi desmembrado e não deveria estar na pronúncia de hoje.
Conforme a decisão, após o interrogatório pela manhã, o defensor público Rodrigo Antônio Stochiero Silva levantou questão de ordem e afirmou que tal depoimento não deveria ser utilizado nas perguntas do réu Rafael, nem mesmo deveria fazer parte da pronúncia, pois o depoimento foi retirado dos autos.
A promotora Luciana do Amaral Rabelo entendeu por bem requerer o adiamento do júri. As defesas ratificaram o pedido do defensor.
Por conta disso, o juiz Aluízio Pereira dos Santos suspendeu a sessão de hoje, “haja vista que há necessidade de corrigir o conteúdo da pronúncia no que toca ao depoimento de Eder”, diz a decisão.
O julgamento do trio foi remarcado para 13 de abril e os interrogatórios de ambos realizados hoje, foram deletados, embora Rafael tenha preferido ficar em silêncio.
Aproveitando a situação, o defensor público pediu que o réu Rafael tivesse a prisão preventiva, pois o mesmo ficou por um longo tempo em prisão cautelar, considerando que este é o segundo adiamento consecutivo da sessão de julgamento, porém teve o pedido negado.
O julgamento do trio era pra ter acontecido em outubro do ano passado, mas houve falha de comunicação no pedido de escolta dos réus enviado à Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), o que atrasou em mais de uma hora a sessão.
Crime – Sandro Lucas de Oliveira foi decapitado e enterrado pelo PCC, em execução determinada no “Tribunal do Crime” da facção, comof punição por dito ser integrante do CV (Comando Vermelho).
O rapaz havia desaparecido em dezembro de 2019. O corpo foi encontrado no dia 28 de julho de 2020, enterrado na região do Chácara dos Poderes.
A polícia encontrou o corpo da vítima após a prisão de Sidney Jesus Rerostuk, 28 anos, acusado de ser o executor do crime. Conhecido como “Capetinha”, admitiu em áudio coletado na investigação ter cortado a cabeça da vítima por ordem do chefe, Eder de Barros Vieira, 39 anos, o “Mistério”.