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Capital

Em julgamento, “Ladrão de Almas” nega participação em execução de Alemãozinho

Três dos cinco acusados pelo crime estão sendo julgados nesta manhã pela morte de Sandro Lucas de Oliveira

Viviane Oliveira e Bruna Marques | 09/02/2022 11:06
O "Ladrão de Almas" durante julgamento nesta manhã, na 2ª Vara do Tribunal do Juri. (Foto: Marcos Maluf) 
O "Ladrão de Almas" durante julgamento nesta manhã, na 2ª Vara do Tribunal do Juri. (Foto: Marcos Maluf) 

Réus pelo “tribunal do crime” em que Sandro Lucas de Oliveira, de 24 anos, o “Alemãozinho”, foi executado em dezembro de 2019, como punição por ter dito ser de facção rival, Adson Vitor da Silva Farias, o “Ladrão de Almas”, Eliezer Nunes Romeiro, o “Maldade” e Rafael Aquino de Queiroz, o “Professor”, são julgados nesta quarta-feira (9), na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande.

Durante o julgamento, Rafael se reservou ao direito de ficar em silêncio. O segundo a ser ouvido, Adson, apontado como integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), apelidado de “Ladrão de Almas”, negou participação no crime. O papel dele, segundo admitiu em depoimento na fase de inquérito, foi fazer a vigia na rua enquanto o justiçamento ocorria.

Indagado nesta manhã pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, Adson disse que nunca participou de nenhum crime e não sabe o porquê tem esse apelido. O rapaz contou que é natural de Minas Gerais, veio a Campo Grande em 2019 para cuidar da tia que tinha câncer e mesmo depois da morte dela, continuou na cidade. Preso há 1 ano e sete meses, disse que nunca havia sido detido antes.

Antes de ir para a cadeia, Adson contou que ajudava a mãe no ferro-velho. Indagado se conhecia Rafael, professor ou enigma, disse que não conhecia. “Nunca nem vi a vítima. Não participei do sequestro. Nunca participei do PCC, não tenho envolvimento no crime. Só soube que o cara foi morto na delegacia", disse.

Ele negou também que conhecia os outros integrantes acusados pelo crime. Os acusados, além dos três que estão sendo julgados, são: Eder de Barros Vieira, de 38 anos, o “Mistério”, ou “Deus da Guerra”, e Sidnei Jesus Rerostuk, de 28 anos, o “Capetinha”.

O último a ser ouvido foi Eliezer, de 21 anos. Ele também negou participação no crime, contou que antes de ser preso, era ajudante numa construção e fazia bico em conveniência. O rapaz afirmou ainda que conheceu os acusados só quando foi detido pela execução de Alemãozinho e não conhecia a vítima.

Ao juiz, disse que não tinha passagem pela polícia, mas depois lembrou que já havia sido preso, porque estava em casa onde uma arma de fogo foi encontrada. O resultado desse julgamento deve sair no período da tarde. Os outros réus recorreram e serão julgados em outra data.

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