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Capital

Desmanche de ponto de mototáxi reacende discussão sobre regras

Sindicato sugeriu à Prefeitura três tipos de estruturas para abrigar trabalhadores

Danielle Valentim e Mirian Machado | 26/10/2018 10:57
Durante os trabalhos de derrubada. (Foto: Direto das Ruas)
Durante os trabalhos de derrubada. (Foto: Direto das Ruas)
Local montado fora das regras. (Foto: Direto das Ruas)
Local montado fora das regras. (Foto: Direto das Ruas)

A derrubada de um ponto de mototáxi irregular no bairro Carandá Bosque, na última quarta-feira (24), reacendeu discussão sobre regulamentação dos mais de 80 pontos em Campo Grande. Reunião entre a Prefeitura e o Sindicato dos Mototaxistas propõe construção de novas estruturas e adequação de pontos já erguidos.

O presidente do Sindmototaxi, Dorvair Boaventura de Oliveira, o Caburé, explicou ao Campo Grande News, que a derrubada da estrutura se trata de caso isolado, mas como estava fora da lei e incomodando moradores precisou ser desfeito.

“Foi feito uma proposta de regulamentação, mas teve várias reclamações da população e como tem pessoas que cuidam da praça, buscamos alternativa com a Agetran, mas tudo que está fora da lei não pode acontecer”, disse.

A assessoria de imprensa da Prefeitura explicou que Agetran está autorizando os permissionários mototaxistas a implantarem um abrigo padrão executado em estrutura metálica na via pública (calçada) em local designado. Porém, neste caso, o permissionário construiu dentro da área pública, sem autorização do órgão responsável, no caso a Semadur.

O sindicalista pontuou que já existe um projeto com Agetran (Agência Municipal de Trânsito), para que os todos os pontos construídos em praças sejam regulamentados. “Até agora não temos autorização nenhuma da prefeitura, mas com a nova gestão, teremos que regulamentar. Essa foi a proposta do prefeito”, disse.

Caburé pontua que, ainda não está acertado, mas adianta que os trabalhadores adotarão o “canto” da praça, onde o projeto da prefeitura será construído ou adequado.

“Ontem sugeri ao prefeito e à arquiteta que temos três modelos, o que abrange a calçada com 2 metros quadrados, como no Centro, um abrigo intermediário, que as vezes não comporta por causa do espaço e, por fim, um mais modernizado, onde teria um espaço para melhor comodidade”, disse.

O presidente do sindicato reitera que o mototaxista precisa de um espaço para guardar pertences e se proteger da chuva e sol. Um nova reunião está marcada para o dia 1º de novembro.

“Saímos da reunião bastante animados porque é a primeira vez que a prefeitura propõe regular quem está irregular. Uma nova reunião foi marcada para o dia 1º e deve ficar acertado o projeto final. O que nós queremos é uma condição melhor de trabalho. O ponto de mototaxi é diferente ponto de ônibus ou de taxi. Mototaxista tem capacete, capa de chuva, são pertences que precisam de um lugar para guardar. Tem que ter um abrigo que comporte isso. Em Campo Grande, há lugares que só possuem placas. Os trabalhadores ficam no tempo, no sol”, finaliza.

Local já limpo. (Foto: Direto das Ruas)
Local já limpo. (Foto: Direto das Ruas)
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