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Capital

Detentos fazem brinquedos pedagógicos a partir de restos de madeira

Thiago de Souza | 31/07/2015 21:26

Detentos do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, confeccionam brinquedos pedagógicos a partir de restos de madeira, que normalmente iriam para o lixo. As peças serão utilizadas para incentivar o estudo e despertar a atenção e os sentidos das crianças de escolas públicas da Capital. O Programa Educação Lúdica com Brinquedos Pedagógicos é desenvolvido pela Agepen – Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário, de Mato Grosso do Sul.

O programa foi idealizado pelo agente penitenciário Vinícius Saraiva de Oliveira, e já existe há três meses no presídio. O agente diz que a iniciativa tem sido gratificante para os internos e para os servidores do presídio. “Quando vamos até a escola entregar os brinquedos e vemos a alegria dos alunos é muito bom, contamos essa experiência aos internos e percebemos que eles também ficam felizes por estarem ajudando”, conta.

São seis reeducandos que trabalham na produção dos brinquedos e, a cada três dias trabalhados, reduzem 1 dia de pena. O detento Diego Augusto da Silva dos Santos, 23, diz que o trabalho é interessante e o faz recordar da família e do filho.

O coordenador do programa, o servidor penitenciário Edson Sobrinho, diz que cerca de 70 peças já foram entregues, e se não fosse por falta de recursos materiais, a produção seria maior. Segundo ele, além da madeira, há custos com cola e tinta.

Uma das instituições beneficiadas com o programa foi a Escola Municipal Professora Leire Pimentel de Carvalho Correa, que segundo a diretora, Rossicler Souza Neves Magalhães, os brinquedos são destinados a aproximadamente 260 alunos da pré-escola e dos primeiros anos. “Estamos muito gratos aos servidores e à administração do presídio por essa parceria”, finalizou a diretora.

De acordo com o diretor do estabelecimento penal, João Bosco Correia, o trabalho dentro do presídio também influencia diretamente na melhoria da disciplina dos internos. “Se ocupam positivamente, aprendem uma nova profissão e isso faz com que diminuam as tensões comuns ao ambiente prisional”, comenta, informando que na unidade os reclusos realizam diversos outros tipos de trabalho, como panificação, cozinha industrial, costura, marcenaria, serralheria e reciclagem.

O diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, destaca que, a exemplo da ação realizada na Máxima da Capital, são muitas as iniciativas desenvolvidas em presídios de Mato Grosso do Sul que impactam diretamente no bem-estar da população.

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