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Capital

Dia D contra dengue começa na Capital para evitar epidemia em 2025

Ação terá início no Parque dos Poderes e vai durar 1 semana; outras regiões ainda não possuem cronograma

Por Natália Olliver e Izabela Cavalcanti | 18/11/2024 10:59
Lançamento do Dia D Estadual de combate ao mosquito da dengue (Foto: Marcos Maluf)
Lançamento do Dia D Estadual de combate ao mosquito da dengue (Foto: Marcos Maluf)

Para evitar uma epidemia de dengue em 2025, Campo Grande deu início ao Dia D Estadual de combate ao Aedes aegypti, nesta segunda-feira (18). Todas as sete regiões da cidade receberão a visita de 150 agentes de fiscalização. O objetivo é minimizar os impactos causados pelo acúmulo de lixo e água parada e antecipar ações para evitar que o mosquito se prolifere. A primeira ação acontecerá no Parque dos Poderes com recolhimento de lixo e orientações à população.

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Campo Grande iniciou o Dia D Estadual de combate ao mosquito Aedes aegypti, visando prevenir uma epidemia de dengue em 2025. Com a participação de 150 agentes, a ação se concentra na coleta de lixo e na conscientização da população, especialmente em áreas de grande circulação. Apesar de ter registrado mais de 11 mil casos de dengue e um óbito, a cidade se saiu melhor em comparação a outras regiões do país. As autoridades ressaltam a importância da colaboração da comunidade e a necessidade de um plano de combate mais estruturado, que deve ser desenvolvido até dezembro, enquanto os bairros com maior incidência do mosquito são monitorados continuamente.

A escolha do ponto inicial da campanha foi devido ao grande fluxo de pessoas no local durante finais de semana e o descarte de copos, que podem contribuir com a presença dos mosquitos. Além disso, a região é alvo de estudos por conter o mosquito silvestre transmissor da febre amarela. A ação terá duração de uma semana é será realizada pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), em parceria com o Ministério da Saúde, CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul) e Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Conforme o coordenador de endemias do Estado, Mauro Lúcio Rosário, pede a colaboração dos residentes e visitantes para não descartar lixo em locais impróprios. “Fica difícil o nosso trabalho. Sem a ajuda da população não vamos vencer essa guerra”.

Veruska Lahdo, superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, ressaltou que o município conseguiu escapar da dengue quando comparado a outros locais do país, mas que a ação é primordial para evitar uma endemia em 2025.

“Campo Grande, de certa maneira, passou de forma bem tranquila este ano. Isso é graças ao trabalho que foi intensificado ao longo desse ano, que é ação Meu Bairro Limpo, a gente fez em todas as regiões, então o trabalho do controle de vetores, ele realmente não para. Mas a gente teve aí mais de 11 mil casos notificados da doença e um óbito. Por isso que a gente sempre fala que passamos por uma situação mais tranquila quando a gente se compara com o restante do país”.

Da esquerda para direita, Mauro Lúcio Rosário e Maurício Simões (Foto: Marcos Maluf)
Da esquerda para direita, Mauro Lúcio Rosário e Maurício Simões (Foto: Marcos Maluf)

De acordo com Veruska ainda não há um plano específico e padronizado de combate para cada região da Capital. “É um trabalho que está sendo feito de forma integrada, mas a gente ainda está elaborando um novo cronograma de ações do município, provavelmente deve sair a partir de dezembro”.

Maior incidência - Ela acrescenta que os locais com maior incidência do mosquito são os bairros Noroeste, Cabreúva, Lajeado, Centenário, Cruzeiro, Aero Rancho, Santo Amaro, Alves Pereira e Coronel Antonino.

“Mas esse mapa é bem dinâmico, ele vai mudando conforme as notificações vão chegando. As chuvas vão retornar e trazer transtorno. O que a gente não quer é enfrentar uma epidemia no começo do ano”.

Maurício Simões, Secretário Estadual de Saúde, reforçou que Mato Grosso do Sul se saiu bem em relação ao número de notificações de dengue, visto que está cercado de estados com situações de emergência e países, como Bolívia e Paraguai, que não possuem o mesmo controle epidemiológico como o Brasil.

Agente de fiscalização observando larvas do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue (Foto: Divulgação) 
Agente de fiscalização observando larvas do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue (Foto: Divulgação)

“Nós temos que começar esse trabalho hoje para que em 2025 a gente possa ter um ambiente menos agressivo com relação às árvores viroses, nós não entramos em estado de emergência. O movimento de hoje é muito mais para dar uma alerta, para chamar a atenção de todos e dar o start do início das atividades que os agentes de endemias devem iniciar em todo o estado preventivamente”.

Ele pontua que a vacinação - que não foi disponibilizada para todos - pode ter contribuído no baixo índice de notificações e mortes.

“A não ser o município de Dourados, mas ainda com um custo muito elevado, esperamos que futuramente ela [vacina] possa estar com um custo mais acessível. Mas independente da vacina, o combate ao mosquito tem que ser feito, até porque a vacina é para dengue, e nós temos a Zika, a Chikungunya, ou seja, novas infestações virais virão por aí e a gente tem que continuar combatendo o mosquito”.

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