Operação quer acabar com 400 pontos de descarte irregular de lixo
Segundo a Sisep, são retirados de 80 a 100 caminhões de lixo nas vias públicas de Campo Grande
A força-tarefa criada pela Prefeitura de Campo Grande, para prender e multar quem jogar lixo nas ruas, quer acabar com 400 pontos de descartes irregulares espalhados pela Capital. De acordo com o secretário de Obras, Marcelo Miglioli, em 1 ano, aumentou em 25% os locais do descarte, saindo de 80 para os atuais 400.
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A Prefeitura de Campo Grande, em parceria com outras entidades, lançou uma força-tarefa para combater o descarte irregular de lixo na cidade, que aumentou 25% nos últimos anos, atingindo 400 pontos. A operação, que visa punir os infratores com multas e até prisão, envolve a fiscalização de terrenos e veículos, além de campanhas de conscientização sobre a responsabilidade individual no descarte de resíduos. A população pode contribuir com denúncias através de canais como a Guarda Municipal, o Ministério Público e a Semadur, além de utilizar os cinco ecopontos disponibilizados pela prefeitura para o descarte correto de lixo.
A ação, que começou na segunda-feira (11) e segue até janeiro de 2025, é liderada pela Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) e conta com a parceria do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista), Guarda Civil Metropolitana e da Semadur (Secretaria Municipal De Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano).
“É um crime, não é um ato normal. A intenção da operação é uma punição aos criminosos e, no caso dos proprietários de terreno com lixo, ele também é autuado e responde pelo delito”, disse Miglioli.
Ainda segundo o secretário, por dia, são retirados de 80 a 100 caminhões de lixo nas vias públicas.
O promotor do Meio Ambiente, Luiz Antônio Freitas de Almeida, disse que também é possível a prisão em flagrante e o responsável responde por delito de poluição ou por descumprir a obrigação de relevante interesse ambiental.
De acordo com dados da Semadur, entre 2023 e 2024, somente nove pessoas foram autuadas em Campo Grande por conta da dificuldade em comprovar a responsabilidade dos envolvidos.
As multas administrativas podem variar de R$ 2 mil a R$ 21 mil. A pessoa também pode perder o veículo utilizado para fazer o descarte irregular.
A superintendente municipal do Meio Ambiente, Gisseli Girardelli, explicou que esse é um problema cultural. “O cidadão não entendeu que o resíduo é responsabilidade dele, e toda a população é impactada por conta de poucos. Além do impacto visual, é grave para a saúde porque atrai escorpião e vetores da arbovirose, como a dengue, e também acaba contaminando o solo e a água”, pontuou.
Denúncia - A população pode denunciar pelo canal da Guarda Municipal, 153; que vai encaminhar o criminoso até a Decat e, posteriormente, enviar o caso para a Promotoria tomar as medidas cabíveis.
Além disso, para denunciar à Ouvidoria do MPMS, o cidadão pode utilizar os canais disponíveis no portal www.mpms.br, preencher o formulário com um número de telefone para retorno, ligar para o número (67) 3318-2032 ou comparecer à sede da Ouvidoria na Avenida Ricardo Brandão, nº 232, Itanhangá Park.
A Semadur também está recebendo denúncias. A população, inclusive, pode registrar vídeos que mostram a placa do veículo e encaminhar e-mail para o sufga@semadur.campogrande.ms.gov.br.
Ecopontos - A prefeitura disponibiliza cinco ecopontos para descarte correto do resíduo. É permitido um metro cúbico por dia a cada CPF, o que equivale a meia caçamba. Todos os locais funcionam de segunda-feira a sábado, das 8h às 18h.
Ecoponto Panamá - Rua Sagarana, esquina com a Avenida Professo José Barbosa Hugo Rodrigues, no Jardim Panamá;
Ecoponto Noroeste - Rua Piraputanga, esquina com a Rua Guarulhos, Bairro Jardim Noroeste;
Ecoponto Nova Lima - Rua Pacajús, cruzamento com a Rua Galdino Afonso Vilela, Bairro Jardim Vida Nova;
Ecoponto União – Avenida Roseira, esquina com a Rua Carmem Bazzano Pedra, Bairro União;
Ecoponto Moreninha - Rua Copaíba, entre a Rua Antônio David Macedo e Rua Amado Nogueira de Moraes, Bairro Moreninha.
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