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Capital

Diretor do HU por 6 anos, médico diz que radioterapia sempre foi ponto crítico

Aline dos Santos e Jéssica Benitez | 01/07/2013 09:35

O cardiologista Gualberto Nogueira, que dirigiu o HU (Hospital Universitário) Maria Aparecida Pedrossian por seis anos, afirma que o setor de radioterapia sempre foi problemático.

Na manhã desta segunda-feira, na Câmara Municipal de Campo Grande, ele aguarda para prestar depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde. A oitiva estava marcada para as 9h, porém foi atrasada devido à visita do prefeito Alcides Bernal (PP) à Casa de Leis.

Sem reclamar pelo atraso, o médico afirma que não faz parte do grupo investigado pela operação Sangue Frio, realizada no mês de março pela PF (Polícia Federal) no HU da Capital e no Hospital do Câncer Alfredo Abrão.

Nogueira dirigiu o Hospital Universitário por duas vezes: entre 1992 e 1996 e de 2007 a 2009. “Nessa época, o setor de radioterapia já enfrentava dificuldades. Vivia lotado, não tinha infraestrutura e nem médico. O radioterapeuta é muito difícil de achar. É muito exigido e não aceita salário de servidor público”, afirma Nogueira, que é professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) há 33 anos.

Ele foi substituído no comando do HU por José Carlos Dorsa Vieira Pontes. Hoje, a comissão também ouve o médico Norberto de Souza Paes, que já foi responsável pelo serviço de radioterapia.

Presidente da CPI, o vereador Flávio César (PTdoB), disse que os depoimentos serão realizados somente após a reunião com Bernal, que levou projetos à Câmara pedindo autorização para empréstimo de R$ 420 milhões.

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