Dois policiais militares de Naviraí se apresentam à Corregedoria
Florisvaldo Oliveira dos Santos e Flávio Inácio Geromini chegaram acompanhados de advogado
Os policiais militares Florisvaldo Oliveira dos Santos e Flávio Inácio Geromini que estavam com mandado de prisão em aberto por suspeitas de envolvimento em contrabando, se apresentaram há pouco à Corregedoria da PM (Polícia Militar), em Campo Grande.
Eles chegaram acompanhados do advogado Fabrício Flores Grubert. De acordo com o advogado, os militares não se apresentaram antes porque estavam fora de Naviraí.
Florisvaldo é da reserva e estava em um chácara. Já Flávio aproveitou a folga e estava nas proximidades da Capital, conforme Fabrício.
O advogado explicou que quando soube do pedido de prisão para seus clientes entrou em contato com comando da PM em Naviraí e foi orientado a fazer a apresentação na Corregedoria.
Fabrício disse que considera as prisões arbitrárias porque são baseadas em escutas telefônicas e, em alguns casos, a pessoa cita o nome de outra uma vez. O advogado diz que seus clientes não tem envolvimento com contrabando.
Com a apresentação do terceiro sargento da reserva e do soldado já são 14 militares na cadeia apontados como envolvidos. Dois ainda não foram localizados. São eles: Sidarta Maciel e Antonio Solidade Silva. Até o fim da manhã tinham sido feitas 14 prisões na operação Fumus Males.
A ação desta quarta-feira é resultado de investigação que começou em outubro de 2010, pela Agência Central de Inteligência da PM, segundo o comando da Polícia Militar, depois de denúncias contra militares que estariam facilitando a passagem de contrabando.
Um primeiro grupo envolvido com o esquema já havia sido preso na segunda-feira, na operação Holambra. A ação do início da semana terminou com 21 presos, sendo oito policiais militares. Todos os militares vão responder a processo disciplinar e podem ser expulsos da corporação, a exemplo do que aconteceu com Cleber de Queiroz.
Cleber era soldado da PM e foi tirado da segurança pública em 2008 por envolvimento com o contrabando. Na segunda-feira ele voltou à cadeia pelo mesmo motivo, desta vez como civil.
Além de trazer para o Brasil cigarro paraguaio, o bando ameaçou de morte o comandante da PM (Polícia Militar) coronel Carlos Alberto David dos Santos e o comandante da Polícia Militar Rodoviária, major Joilson Queiroz Sant’Ana.