Dona de floricultura diz que motorista de aplicativo "planejou tudo" sobre briga
Condutor acusou empresário de agressão, mas esposa contesta versão

Empresária de 43 anos, esposa do dono de uma floricultura de Campo Grande, contesta versão de motorista de aplicativo, de 28 anos, que diz ter sido agredido no domingo (2), pelo proprietário da loja, na Rua Vitório Zeolla, no Bairro Carandá Bosque. De acordo com a mulher, o motorista planejou toda a cena. “Quando ele chegou aqui, ele já estava filmando, estava tudo planejado para sair como vítima".
Ela relata que o motorista de aplicativo entrou na floricultura e perguntou onde poderia deixar a cesta, momento em que o dono da loja, marido da mulher, pediu para que deixasse o objeto em qualquer lugar e saísse da loja. Segundo a empresária, a cesta estava violada, com apenas uma maçã e uma planta dentro.
Ainda de acordo com a empresária, o motorista de aplicativo jogou a cesta em cima dela, o que causou um arranhão no braço. Ela garante que toda a ação foi testemunhada por terceiros. “Meu marido nem encostou nele, só gritou mandando ele sair daqui de dentro, temos testemunhas disso, ele não foi agredido muitos menos chamado de ladrão".
Segundo a mulher, a cliente que iria receber a cesta acabou de dar à luz um recém-nascido. De acordo com a versão contada pela empresária, o motorista de aplicativo teria feito a cliente ir até ele, alegando que a rua não estava em boas condições de tráfego. "A mulher foi e quando ela chegou ele simplesmente foi embora e não deixou a cesta”, alega.
Após repercussão do caso, a empresária denuncia que amigos do motorista estão rondando a loja. “Eu estou com medo de vim trabalhar, porque amigos deles ficam passando aqui”.

Outro lado da história - Em conversa com a esposa da vítima, na manhã desta segunda-feira, a auxiliar de cozinha, de 24 anos, relevou que a confusão começou após o marido não conseguir entregar uma cesta no Jardim São Conrado, no sábado, e voltar na floricultura para devolver o produto no domingo. As agressões deixaram lesões no pescoço e causaram coágulo de sangue no olho do motorista.
Segundo a esposa da vítima que presenciou toda a confusão, as agressões começaram quando o homem desceu do carro para devolver a cesta. “Quando ele foi entrar para devolver, a mulher do dono bateu na cabeça dele, o marido dela deu uma mata leão nele e começou bater nele. Eu estava com meu filho de 1 ano no colo, saí gritando na rua, chamei dois rapazes que estavam em uma conveniência para ajuda meu marido e o dono não soltava ele”, relembra.
A vítima registou boletim de ocorrência na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, como lesão corporal dolosa e calúnia.