Dono de conveniência foi assassinado durante briga por preço de cerveja
O dono da conveniência, Eudes Fonseca Vieira, 54 anos, foi encontrado morto com tiro no ombro
Discussão por causa do preço de caixa de cerveja motivou o assassinato de Eudes Fonseca Vieira, 54 anos, dono de conveniência no Jardim Zé Pereira, localizada na Rua Eugênio Peron. A informação foi repassada pelo primo dele, morador numa chácara em Corguinho, que nesta manhã foi ao imóvel buscar roupa da vítima para o funeral. O crime aconteceu na madrugada desta segunda-feira (21).
À equipe de reportagem, o parente da vítima de 52 anos contou que alugava o imóvel para o primo, conhecido na região como Canário, havia 2 anos. Eudes morava sozinho nos fundos. Na frente, no mesmo terreno, tocava a conveniência. Segundo o primo, ficou sabendo por terceiros que Eudes atendia por janela do estabelecimento, do lado de dentro, quando se desentendeu com cliente, ainda não identificado.
O suspeito só tinha R$ 30, mas queria levar a caixa da bebida de valor maior. Eudes disse que não venderia. Os dois, então, começaram a discutir. O suspeito sacou revólver e atirou na vítima”, lamentou o parente. Eudes foi atingido com tiro no ombro esquerdo e morreu. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas quando chegou ao local a vítima já estava morta.
O primo não soube dizer quem acionou a polícia após o crime. Segundo boletim de ocorrência, na rua havia um Fiat Uno com o vidro traseiro atingido por disparo de arma de fogo. O projétil encontrado dentro do carro foi apreendido pela equipe da Perícia Técnica. Também foram apreendidos na conveniência R$ 63 em dinheiro, valor que pertencia a Eudes.
Assustados, os moradores da redondeza deram entrevista, mas não quiseram se identificar com medo da criminalidade, que segundo eles, tomou conta do bairro. Morador de 43 anos reclama que de uns tempos para cá aumentou muito a ocorrência de crimes de homicídio e tentativa. “Eles matam dando risada, não têm medo de nada”, lamentou. Segundo o morador, a região foi dominada pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Basta dar uma volta na região para encontrar diversos muros pichados com as iniciais da organização criminosa, que age dentro e fora das penitenciárias. Uma vizinha de 35 anos lamentou o fato afirmando que Eudes era tranquilo e se dava bem com todo mundo. "Eu não escutei barulho de tiro. Só fiquei sabendo do caso quando já tinha movimentação de policiais e socorristas", disse.