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Capital

Dono de terreno diz que não conhece grupo que derrubou muros de imóveis

Na última terça-feira, grupo de homens chegou na região destruindo terrenos, segundo moradores

Por Izabela Cavalcanti | 08/02/2024 10:33
Patrola usada para derrubar muro de terreno, na última terça-feira, no Bosque da Saúde (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)
Patrola usada para derrubar muro de terreno, na última terça-feira, no Bosque da Saúde (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)

Após grupo de homens destruírem terrenos no Bosque da Saúde, região da Vila Nasser, na última terça-feira (6), o dono de um dos locais, o cabeleireiro Luiz Carlos Rodrigues, de 51 anos, se defendeu dizendo que não conhece nenhuma das pessoas envolvidas na situação.

“O terreno estava limpo, organizado e esse grupo fez aquilo lá. Não conheço ninguém, eu sou vítima, e fizeram aquela barbaridade”, explicou. Ele afirmou que vai entrar com processo de crime ambiental e também por chegar sem mandato judicial e assustar moradores.

Luiz diz que em seu terreno havia um rancho no fundo para guardar materiais de construção.

Ele fez Boletim de Ocorrência alegando que tem um terreno na Rua TV Baependi e que utiliza para guardar materiais de construção. Ele contou que o local, atualmente, está em nome de uma imobiliária, porém, existe processo judicial para determinar quem, de fato, é o proprietário.

Ainda de acordo com Luiz, no dia 31 de janeiro, desconfiou que haviam tentado entrar no terreno por ter visto o cadeado de maneira diferente da que tinha deixado.

No boletim, o dono do terreno diz também que em 2015 um grupo foi até o local e tirou fotos. Na época também moveu uma ação de reintegração de posse.

Susto – No dia do ocorrido, moradores ficaram assustados, tiveram o muro de suas residências arrancado e outros até ameaçados.

Os vizinhos informaram que a equipe usou patrola e acabou com cinco terrenos, pelo menos em três ruas, e que em um deles tinha uma casa construída. Os homens chegaram assustando a vizinhança, alegando que todos os locais tinham escrituras e apresentando documento que já estava com a validade vencida.

Segundo moradores da região, o local antes pertencia a uma imobiliária e os terrenos foram invadidos há cerca de 15 anos, mas está em processo de regularização. Nesse período, casas foram construídas, com muros e portões.

Conforme já noticiado pela reportagem em março do ano passado, o Bosque da Saúde é uma área invadida e tem cerca de 20 famílias aguardando a regularização.

Em nota, a Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) informou que não tem conhecimento sobre o ocorrido, mas que está disponível para entender a situação. A Agência também diz que existe uma área em fase de regularização fundiária na região e buscará mais informações com o setor fundiário.

A equipe de reportagem entrou em contato novamente com a Prefeitura de Campo Grande para saber o que será feito.

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