'É sempre assim', reclamam moradores atingidos por alagamentos no Itamacará
Situação se repete a cada chuva mais forte, segundo quem mora ou trabalha naquele ponto do bairro
Sempre que o tempo fecha e a chuva vem forte, é sinônimo de problema à vista. O problema com alagamentos e enxurradas é constante para moradores e comerciantes de uma parte específica do bairro Itamaracá, na região sul de Campo Grande.
No final da avenida Guaicurus, já perto do encontro da via com a rodovia BR-163, no Anel Viário, a situação se repete a cada chuva mais forte. "Sempre acontece isso. Não tem muito o que fazer, comenta o aposentado Julio Assis Ferreira, de 78 anos.
Julio é dono de um restaurante na Guaicurus e frisa que ali a água vem com toda força sempre que a chuva é mais forte, entrando dentro de seu estabelecimento. No momento em que ele conversava com a reportagem, ele terminava de limpar o local.
"Foram três pancadas fortes de chuva, lá pelas três horas da tarde. Quando eu vi que começou a chover assim, já era previsível que aqui alagaria. A água vem muito rápido, mas também escoa muito rápido", destaca o comerciante.
No ponto em que ocorrem os alagamentos há um leve declive, o que aumenta a força da enxurrada que vem de várias ruas e da própria Guaicurus, mas principalmente de outra avenida, a Ana Batista Caminha, que sequer é asfaltada.
"Quando começa a chover, eu já sei. Uma vez a água veio tão forte que entrou no motor do meu carro e estragou tudo. Deu pane. É sempre assim e algo precisa ser feito. Toda vez que chove, vem o medo de algo acontecer", comenta o mecânico José Claudio Ferreira, de 45 anos, e que trabalha em uma oficina naquela ponto.
Quando a reportagem chegou ao local, a água já tinha escoado, mas restaram ainda resquícios da água suja que passou por ali. Se os alagamentos e enxurradas atrapalham quem está na Guaicurus, a situação se repete no Anel Viário, que fica mais abaixo.
"Minha sorte é que quando começou essa chuvarada toda eu já estava parado aqui do lado, mas a água subiu bastante e inundou tudo. O canteiro ficou todo submerso. Tem que ter muita atenção ao passar aqui", revela o caminhoneiro Claudio Palhano, de 50 anos.
Equipe da CCR MSVia foram até o trecho da BR-163 em que há a interseção com a avenida Guaicurus para controlar o trânsito e evitar que ocorra algum acidente. O local já estava com menos água minutos depois da chuva.