Em 2012, queda de avião Super Tucano da FAB matou piloto do RJ, na Capital
Na ocasião, aeronave que seguia para cidade no Pará caiu logo após levantar voo
A queda de avião modelo A-29 Super Tucano, no fim da manhã desta segunda-feira (13), na região do Bairro Coophavila, não foi o primeiro acidente envolvendo o tipo de aeronave militar na Capital. Em 2012, o então capitão-tenente da Marinha, Bruno de Oliveira Rodrigues, de 32 anos, morreu após queda no Bairro de Indubrasil, em Campo Grande.
O acidente ocorreu no dia 7 de julho daquele ano, também pela manhã, mas pouco antes das 8h, em região de alto fluxo de veículos. A Aeronáutica nunca dá grandes explicações à população. Mas na época, assim como o piloto do acidente de hoje, Bruno também conseguiu se ejetar, porém, faleceu no local.
A vítima, que estava em Campo Grande há pouco mais de um ano, era aluno do Curso de Líder de Esquadrilha da Aviação de Caça no Terceiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação da FAB, o Esquadrão Flecha. Mas ele não estava em treinamento, como o que ocorreu ontem. Havia decolado rumo ao Pará.
Após o acidente, o corpo do piloto foi levado para o Rio de Janeiro. Mas a queda foi mais uma prova dos riscos desse tipo de treinamento para Campo Grande.
Dinâmica - A decolagem do caça A-29B Super Tucano, que caiu há 9 anos, foi na Base Aérea, distante cerca de cinco quilômetros do local da queda. O destino da aeronave era a Serra do Caximbo, no sul do Pará.
Além do modelo que caiu, uma outra aeronave decolou na mesma ocasião, tendo retornado para a pista de Campo Grande. Com a queda, a aeronave afundou cerca de 2 metros no solo.
Hoje - O acidente desta segunda foi registrado no fim da manhã. Devido ao ocorrido, o Aeroporto Internacional de Campo Grande ficou fechado entre 11h37 e 13h59. Voos que estavam previstos para pouso, na Capital, foram deslocados. Um deles, trazendo 87.750 doses da vacina Pfizer, contra a covid-19, retornou para Guarulhos (SP).
O piloto do avião, ainda não identificado, foi socorrido de helicóptero e, conforme a FAB, passa bem. Felizmente, ele teve tempo ao perceber a pane, e conseguiu desviar a aeronave de bairros como o Coophavila II, para aérea desabitada e se ejetar antes da queda.
Mesmo assim, o dia foi de medo. Aline Granchi, moradora da da região, não testemunhou o momento da queda, mas o susto veio ao entender o que aconteceu. “Estou em choque, porque poderia ter caído em cima da minha casa”, afirmou.